Artigo Igualdade entre homens e mulheres
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Fala-se muito na igualdade entre homens e mulheres. Parece miss?o imposs?vel e sabe de quem ? a culpa? Das pr?prias mulheres. Fabricamos o homem que nos coloca no papel de inferioridade, que s? nos procura a seu bel prazer ao contr?rio de gostarmos do homem que nos oferece a igualdade, que nos respeita. Que tipo de homem nos atrai mais? O que nos liga no dia seguinte ou aquele que demora uma semana para dar um al? depois de um encontro super-agrad?vel? Ou seja, ? neste ponto que fabricamos o machaista. Percebe-se que algumas mulheres - digamos at? meninas - j? descobriram este jogo masculino de auto-defesa passando a adotar esse papel de jogadoras, infalivelmente machistas.
L?-se os livros Homens s?o de Marte e Mulheres s?o de V?nus, Homens Fazem Sexo e Mulheres Fazem Amor, Mulher Polvo e Homem Cobra, Mulheres que Amam de Demais, Co-Depend?ncia Nunca Mais e por a? vai, excelentes obras de auto-ajuda para que n?s mulheres possamos sofrer menos, jogar menos e nos amarmos mais. L?-se obras liter?rias famosas como A Origem da Fam?lia, da Propriedade Privada e do Estado, de Engels... Imperd?vel! Tudo isso para que entendamos o profundo respeito primeiro da mulher para com ela mesma e segundo perante o outro.
Para se ter uma id?ia do modelo machista, patriarcal a que somos submetidas podemos fazer uma an?lise do papel da mulher na pol?tica. Num momento em que a crise de credibilidade na classe pol?tica se agu?a, muitas quest?es s?o levantadas, entre elas a de que o atual modelo est? falido, necessitando de uma reforma ampla e profunda na legisla??o eleitoral. E nestes momentos de crise aguda in?meras id?ias s?o apresentadas, todas no sentido de modificar pr?ticas que se arrastam por d?cadas na pol?tica brasileira.
Entre v?rias propostas est? a de estabelecer a cota de 50% de participa??o de mulheres nos cargos eletivos. Atualmente a legisla??o eleitoral determina que 30% dos postulantes ?s cadeiras legislativas sejam mulheres. Mas isso n?o garante a elei??o. Tanto que apenas 8,2% das cadeiras da C?mara s?o ocupadas por deputadas e 12% por senadoras.
A defesa da participa??o feminina no parlamento se baseia na possibilidade de mudan?as de comportamento e focos na elabora??o de leis e na representatividade junto aos eleitores. ? fato que setores religiosos, militares e pol?ticos s?o dominados hegemonicamente pelos homens, decorr?ncia de uma sociedade patriarcal em vigor no Brasil desde a sua descoberta. A paridade entre homens e mulheres pode representar mudan?as profundas na rela??o de poder. Aspectos emotivos e comportamentais alteram essa rela??o, haja vista a forma como as mulheres v?m se comportando na Comiss?o Parlamentar Mista de Inqu?rito (CPMI) dos Correios. A firmeza e a indigna??o de parlamentares como as deputadas Helo?sa Helena -expulsa do PT logo ap?s a elei??o por n?o concordar com as mudan?as de rumo do partido - e Denise Frossard sinalizam com essa mudan?a de comportamento diante das pr?ticas de corrup??o enraizadas na pol?tica brasileira h? s?culos.
Mas a mudan?a de comportamento deve ser estendida aos eleitores, tamb?m fortemente contaminados pelo conservadorismo patriarcal. Se existem mais eleitoras que eleitores, como se justifica a pouca participa??o da mulher em cargos pol?ticos? Pelo conservadorismo, mulher n?o vota em mulher e pobre n?o vota em pobre. Vamos mais adiante. Se muitas empresas do setor privado t?m mulheres como seus principais executivos e com tend?ncia de crescimento em fun??o dos excelentes resultados, o mesmo n?o se pode falar das empresas p?blicas. Por qu?? Por causa da baixa representatividade das mulheres em cargos pol?ticos.
Criar por decreto cotas de mulheres pode representar mudan?as de comportamento nos legislativos, mas, por enquanto, com pouca legitimidade, na media em que o n?mero de votos para as mulheres ainda continuar? baixo em rela??o ao dos homens, at? que a mudan?a comportamental se efetive na sociedade.
Vamos pensar: Ser? que se as mulheres estivessem em igualdade com homens no poder estar?amos assistindo ?s performances de Roberto Jefferson, Marcos Val?rio, Del?bio Soares e muitos outros?
Inspirado na obra O "Julgamento" da Mulher Ad?ltera - A Igualdade entre Homens e Mulheres, do juiz Luiz Guilherme Marques
Colabora??o do jornalista Anibal Pinto
Ana Stuart
? psic?loga e terapeuta familiar
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nesta se??o? A psic?loga Ana Stuart aguarda suas sugest?es no e-mail
viver_psique@acessa.com.
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