Sábado, 6 de maio de 2017, atualizada às 13h20

Nova edição do Miss Brasil Gay está confirmada para dia 19 de agosto em JF

Da redação

Depois de três anos sem o tradicional Miss Brasil Gay, que abriu portas para consolidar, em tempos de repressão, a representatividade LGBTII - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, em todo o país, ele retorna este ano com data já confirmada para 19 de agosto. Considerado o maior e mais importante concurso de beleza gay do Brasil, o evento teve sua última edição em agosto de 2013, no Cine-Theatro Central, quando elegeu a representante do Espírito Santo, Sheila Veríssimo (foto ao lado). A 37 edição será produzida por André Pavam, responsável pela coordenação artística, e Marcelo do Carmo, como consultor executivo.

Mesmo com hiato entre as edições, Marcelo do Carmo avalia que a repercussão tem sido muito boa em Juiz de Fora e outras cidades. “O discurso para a volta do miss é positivo, ainda mais que notamos uma carência que o evento deixou para o público e para o município. É impressionante perceber sua força. Já fizemos os contatos e foram definidos os 27 coordenadores dos concursos estaduais, que devem eleger suas misses nos próximos meses”, destaca.

Sem a realização dos eventos voltados para o público gay, nos últimos anos, a cidade foi perdendo a cor tão viva da bandeira LGBT, mesmo com forte tradição conquistada por décadas. Um retrocesso, na visão de Marcelo, já que pesquisas apontam que cidades do mundo inteiro trabalham para atrair este nicho. “Juiz de Fora já possui este produto turístico, formatado desde 1977, quando foi o primeiro Miss Brasil Gay. Depois disso, ele foi só crescendo. Atualmente, o município estava perdendo este patrimônio imaterial e excelente oportunidade de negócios, não só ligado ao turismo, pois todo o dinheiro gerado é reinvestido aqui, até em outros setores”.

O Cine-Theatro Central foi o último palco do concurso, mas a intenção dos organizadores é retornar para o Sport Clube, que oportuniza maior interação e espaço para quem for assistir ao desfile. Mas, um impasse relacionado a liberação do clube pelo Corpo de Bombeiros, devido falta do auto de vistoria, deixa incerto a utilização do local. “Por hora, a intenção é retornar para o Sport, já que foi o pedido do público, mas não está definido devido ao entrave legal”, informa Marcelo. Ele diz ainda que os ingressos, que começarão a ser vendidos em 3 de julho, não têm valor definido. “Trabalhamos para oferecer preços populares, mas depende do patrocínio que conseguirmos”.

Conforme explica Marcelo do Carmo, a captação dos recursos para realização do evento está caminhando, através da sinalização de verba por meio de uma emenda parlamentar da deputada Margarida Salomão e tentativas de apoio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Funalfa, e da Secretaria de Turismo do Estado (Setur).

A Funalfa informa que foi procurada pela organização do evento e está negociando para saber como será firmada esta parceria.

Arte do transformismo

Mesmo com alguns itens incertos, o que se mantém, sem discussão, é o glamour, brilho e encanto das passarelas por onde as candidatas vão desfilar. Para garantir todo o sucesso adquirido historicamente, o formado do evento será o mesmo com sequencia de galeria de beleza, shows, traje típico, de gala e premiação.

O consultor do evento conta que o tema desta edição também está definida, que será 'Masculino e Feminino: A arte do Transformismo'. “Mais uma vez a gente vai destacar essas identidades fluidas que vão e voltam. Mulheres que participam do concurso e voltam a assumir identidade masculina. Uma brincadeira que é o propósito da transformista: criar personagens femininas”.

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