MGM denuncia mensagem homofóbica pelas redes sociais
Repórter
O Movimento Gay de Minas (MGM), de Juiz de Fora, divulgou nesta terça-feira, 30 de outubro, uma mensagem de ameaça aos homossexuais, recebida em um grupo público nas redes sociais. O homem enviou o texto através de seu perfil pessoal com os seguintes dizeres: 'Passando só pra manda vocês toma no xx! Bolsonaro Presidente a pxxxxxx no Brasil vai acabar seus desgraçados! Vai ser fxxxx ! Pode me banir'.
Conforme o presidente Oswaldo Braga, as mensagens no grupo são moderadas pelo administrador. "Eu que administro. Quando recebi o texto, fiz o 'print' e reprovei a postagem antes de ser publicada. Depois, denunciamos o perfil do cara no Facebook. Não pensamos em registrar Boletim de Ocorrência (BO)", explicou o presidente.
Mesmo sem registrar a ocorrência, Braga reforça que o caso serve de alerta para a comunidade LGBTT. "O movimento não fará, inicialmente, ações neste sentido, já que esse foi o primeiro registro que tivemos, mas na medida em que percebermos um perigo maior, a quantidade aumentar ou formos acionados por alguém que esteja sendo vítima de violência, sim! Estamos monitorando. O rapaz está banido do grupo e bloqueado".
Devido aos ânimos exaltados das eleições, outras denúncias de homofobia que, supostamente, teriam ocorrido na cidade foram compartilhadas no último domingo, 28, nas redes sociais. Mas, nenhuma foi comprovada pelos órgãos responsáveis. Já outros, como a ameaça registrada nesta terça, vêm despertar para a importância de certos cuidados. "Temos orientado a comunidade LGBT nesses primeiro momento. Sempre garantir que alguém saiba o seu destino quando sair; evitar encontros com desconhecidos em locais ermos; não levar desconhecidos para casa; evitar provocações e acionar a policia quando se sentir ameaçado", completa Braga.
Denúncias e assessoria MGM
As vítimas que se sentirem ameaçadas ou caluniadas podem também recorrer ao MGM, que possui convênio com a Faculdade Universo para a prestação de assessoria jurídica e/ou psicológica para os casos de homofobia. O contato com o movimento pode ser feito pela página no Facebook ou, pessoalmente, na sede, de segunda a sexta-feira, a partir das 18h, na rua São Sebastião, 345, Centro.
O presidente do movimento também cita um guia da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBT (Renosp) que dá dicas preventivas para o dia a dia, com telefones úteis para casos de violência.
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