Procura pela carreira militar entre as mulheres em JF aumenta
Um dos motivos ? a estabilidade que a profiss?o proporciona
S?lvia Zoche
03/05/04
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A oficial de Comunica??o Social do col?gio militar de Juiz de Fora, capit?o
C?lia Cristina de Almeida Gaut? (foto ao lado), acredita que a instala??o do col?gio
na cidade, a partir de 1994, ajudou a despertar a vontade de ser militar.
"Os alunos t?m orgulho. Os pais t?m orgulho, porque o Ex?rcito ? respeitado,
oferece um bom ensino e prepara os alunos para a carreira", diz. A estabilidade na carreira ? outro ponto citado pelas alunas, quando v?o
fazer a escolha. PM em Juiz de Fora No in?cio da carreira, em Juiz de Fora, ela diz que a popula??o estranhava ao
ver mulheres como policiais militares, principalmente os homens. "Uns n?o
respeitavam. Passavam em alta velocidade com os carros. Pensavam que por
sermos mulheres ?amos aliviar a situa??o. Um homem chegou a ser preso por
ser inconveniente com as policiais", lembra. Para a capit?o K?tia, a profiss?o de PM d? oportunidade igual a homens e
mulheres. "Podemos alcan?ar todos os postos dentro da corpora??o", diz a
capit?o. As policiais militares de Juiz de Fora comandam opera?es,
supervisionam o trabalho do batalh?o (no per?odo noturno), fazem o
policiamento de rua e os "destacamentos", que s?o os contatos com a
comunidade. Efetivo menor A presen?a da mulher no ex?rcito foi o mais tardio entre as For?as Armadas.
A Marinha foi a primeira a aceitar o efetivo feminino, em 1981. A
Aeron?utica abriu vagas para as mulheres no ano seguinte. No Ex?rcito, a
mulher p?de come?ar a servir somente em 1992. A primeira turma teve 49
alunas formadas pela EsAEx. O ingresso A capit?o Gaut? (foto abaixo) entrou para o ex?rcito pelo QCO (Quadro Complementar de
Oficiais), em 1995. Foi a quarta turma feminina. Nascida em Petr?polis
(RJ), assim que formou foi enviada para Cruz Alta (RS). Depois dos quatro
anos obrigat?rios de servi?o na regi?o, pediu transfer?ncia para uma cidade
mais pr?xima de sua cidade natal. Est? h? quatro anos em Juiz de Fora, como
oficia de comunica??o Social no col?gio militar. Como se considera bem organizada e disciplinada desde sempre, a capit?o
Gaut? se adaptou bem ao regime militar.
A dificuldade encontrada foi em Cruz
Alta. "Por ser uma cidade de interior, ainda eram poucas as mulheres no
Ex?rcito. Os homens ainda n?o tinham trabalhado com mulheres na guarni??o. O
estranhamento existe quando ? novidade", diz. Em Juiz de Fora, foi mais
tranq?ilo. "Os maiores contingentes femininos est?o no Hospital Militar e no
Col?gio Militar, onde sirvo", conclui. Leia mais:
O n?mero de vagas para o efetivo feminino diminuiu, porque as mulheres t?m
direito ? licen?a maternidade (per?odo de quatro meses). Mas, mesmo assim, a
capit?o K?tia diz que a procura das mulheres por concursos na PM tem
aumentado. "As pessoas procuram obter informa?es com a gente na rua mesmo".