Juliano Nery Juliano Nery 14/10/2011

A balada nossa de cada noite

Foto de baladaDeu na ACESSA.com. A balada está mais cara em 2011. Coisa grave, acima da inflação. Para quem sai na Manchester Mineira à noite, não é novidade. Os empresários do entretenimento querem apertar o cliente por todos os lados: seja nos níqueis da entrada ou no combo de vodka com energético, sair na noite juiz-forana transformou-se em uma grande armadilha financeira, capaz de arruinar o orçamento mensal, principalmente, para aqueles que bebem e passam a pensar que são ricos, como é o caso de uma parcela considerável. Se tiver que pagar a entrada da namorada ou do namorado, a situação pode ficar ainda mais catastrófica... Fazer o quê? — Eis a pergunta...

Procurar nas agendas culturais da cidade é uma boa alternativa. Sempre rola uma exposição, vernissage ou lançamento de livro. E, em boa parte desses eventos, rola sempre um coquetel e uma biritinha gratuita. O que pega é que geralmente esse tipo de evento se concentra em maior número nos dias de semana. Se você não se importa em começar o fim de semana na quarta ou na quinta-feira, vale a pena conferir. Além disso, tem sempre uma boa atração tocando em palcos gratuitos da cidade, como em museus, na Universidade, nas praças e em outros espaços que requerem apenas a consumação justa. Sexta passada mesmo, estive numa animada noite na UFJF, embalada, gratuitamente, pelo incrível som do Tianastácia. Pulei mais que macaco-prego à procura de doces no parque do Museu Mariano Procópio! — Mas, nada cai do céu. Tem que procurar!

As reuniões em casa não devem ser descartadas. As repúblicas de universitários são boas pedidas para os mais jovens. Quando ainda era um estudante, cheguei a aproveitar muitas dessas festas. Se o dinheiro era escasso, a diversão era abundante. E, quase nunca, sentia falta da balada clássica, essas de comprar ingresso e de ter que passar cartão quando se adquire um drinque. Acho que o ódio que ainda hoje nutro pelas comandas com aquela estampa quadriculada deve ser resquício desse período de vacas magras. Por isso, as resenhas na casa de amigos me trazem tanta afeição. Não tem comanda. No máximo, um cupom fiscal de supermercado, que é pra turma rachar o dinheiro da bebida e dos petiscos, o que dá pra fazer altas barganhas: "passe a compra no meu cartão de crédito e me dê o dinheiro, porque eu to precisando..." Viva o amadorismo das noites entre amigos!

Outros expedientes a se lançar mão são os sites de compras coletivas. Pode ser que aquele show da sua banda favorita, que custa os olhos da cara, saia mais barato com esse recurso. É preciso contar com uma boa dose de sorte, é verdade, para que a promoção que cobre os seus anseios noturnos apareça na hora certa. O mesmo vale para as promoções via Twitter, websites, Facebook e similares. Tem tanta gente na disputa, que a sorte tem que, realmente, sorrir para conseguir ser contemplado. Vale até pedir ajuda divina, ainda mais agora, que Juiz de Fora homenageou o papa João Paulo II. Não custa nada pedir que a balada nossa de cada noite seja bem divertida e saia por preços módicos.

Vale lançar mão das mais diversas alternativas para não passar o sábado à noite em casa. Ainda mais, nesta semana, que retiraremos uma hora do fim de semana, por conta da chegada de mais um horário de verão. Nós, que já estamos com o déficit financeiro, teremos o prejuízo no tempo, também. Mais um motivo para garimpar uma noite interessante e repleta de diversão.

Juliano Nery aceita convites para eventos bons, bacanas e baratos para baladas deste fim de semana.

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Juliano Nery é jornalista, professor universitário e escritor. Graduado em Comunicação Social e mestre na linha de pesquisa Sujeitos Sociais, é orgulhoso por ser pai do Gabriel e costuma colocar amor em tudo o que faz.


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