Quinta-feira, 21 de maio de 2015, atualizada às 17h03

Roda de mulheres marca início da Semana Mundial do Brincar em Juiz de Fora neste domingo

Começa neste domingo, 24 de maio, a Semana Mundial do Brincar em Juiz de Fora. A abertura será durante a ação da roda de mulheres, promovida mensalmente pela Aliança de Mulheres pela Maternidade Ativa – AMMA -JF, entre 10h às 12h, no Museu Mariano Procópio. A entrada é gratuita.

A Semana Mundial do Brincar acontece de 24 a 31 de maio em diversos países do mundo, que se reúnem mais uma vez para uma causa comum: o brincar livre na infância. Este ano, o tema proposto é Para ter criatividade, resiliência e coragem é preciso brincar!

O tema da roda de mulheres deste mês será conduzindo pela psicóloga e doula Carolina Duarte e será Extereogestação. - O antropólogo Ashley Montagu foi quem apresentou o conceito que, recentemente, foi popularizado pelo pediatra americano Harvey Karp e fala sobre a necessidade do ser humano de ter reproduzido o calor e aconchego do útero materno nos primeiros meses de vida, uma vez que seu complexo sistema neurológico precisa de tempo para se desenvolver.

Segundo os estudiosos, se o bebê humano nascesse já com o sistema nervoso central amadurecido, sua cabeça não passaria pela pelve estreita da mãe no momento do parto. Ao contrário de outros mamíferos, como girafas e cavalos, o recém-nascido humano é incapaz de andar por um longo período após o nascimento, porque lhe falta o aparato neurológico maduro para tanto. O custo primal de ter um cérebro grande é que nossos filhotes nascem extremamente dependentes e em necessidade constante de cuidado.

A seleção natural demanda que pais humanos cuidem de seus filhos por um longo período e que os filhos dependam dos pais. Esta necessidade mútua se traduz em um estado emocional chamado "apego". Nos primeiros meses de vida, o bebê humano é tão imaturo que seria benéfico a ele voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil. O conceito de extereogestação fala de cuidados que podem acalmar a criança, dando-lhe mais segurança, diminuindo as cólicas e os choros comuns neste período.

Dentro desta proposta, o pediatra Harvey Karp, elenca cinco métodos para acolher o bebê até os 3 primeiros meses de vida.

1. Pacotinho ou casulo (embrulhar o bebê apertadinho)

A pele é o maior órgão do corpo humano e o toque é o mais calmante dos cinco sentidos. Embrulhadinho, o bebê recebe um carinho suave. Bebês alimentados, mas nunca tocados, frequentemente adoecem e morrem. Bebês podem ser embrulhados assim que nascem. Apertadinhos, de forma que não mexam os braços. Eles se sentem confortáveis, "de volta ao útero". Estar embrulhadinho não é tão bom quanto estar no colo da mãe, mas é um ótimo substituto para quando a mãe não está por perto.

2. Posição de Lado

Quanto mais nervoso seu bebê estiver, pior ele fica quando colocado sobre as costas. Antes de nascer, seu bebê nunca ficou deitado de costas. Ele passava a maior parte do tempo na posição fetal: cabeça para baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. Até adultos, quando em perigo, inconscientemente escolhem esta posição.

Segurar o bebê de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a acalmá-lo (a cabeça fica na mão do adulto, o bumbum encostado na dobra do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados). Carregar o bebê num sling, com a coluna curvada, encolhidinho e virado de lado, tem o mesmo efeito.

3. Shhhh Shhhh - O som favorito do bebê

O som "shhh shhh" é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante. Para bebês novinhos, "shhh" é o som do silêncio. Ele estava acostumado a ouvir tal som 24 horas por dia, tão alto quanto um aspirador de pó. Imagine o choque de um bebê acostumado a tal som o tempo todo chegando a um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pés, tentando fazer silêncio!

4. Balanço

Movimento rítmico ou balanço é uma forma poderosa de acalmar bebês (e adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebê sentia no útero materno e ativa as sensações de "movimento" dentro dos ouvidos, que por sua vez ativam o reflexo de acalmar.

5. Sucção

No útero, o bebê está apertadinho, com as mãos sempre próximas ao rosto, sugando os dedos com frequência. Quando nasce, não mais consegue levar as mãos à boca. A sucção não-nutritiva é outra forma de acalmar o bebê. A amamentação em livre demanda não é recomendada somente para garantir a nutrição do bebê e a produção de leite da mãe, mas também para suprir a necessidade de sucção não-nutritiva.

Com informações da Assessoria de Imprensa.


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