Transplante de ?rg?os em Juiz de Fora
Atualmente, JF faz transplantes somente de rins e c?rnea. Espera-se que, a partir de 2005, sejam feitos transplantes de f?gado, pulm?o, cora??o e p?ncreas



S?lvia Zoche
22/01/05

Escute a opini?o de Herm?nia e M?nica, do CNCDO regional, sobre doa?es e leia sobreo primeiro transplante de rim de JF
Confira Confira Confira Ou?a!
Logo da Campanha do Sistema Nacional de Transplantes "A partir de maio deste ano, Juiz de Fora pode contar tamb?m com o transplante de p?ncreas". A afirma??o ? do m?dico nefrologista do Hospital Jo?o Fel?cio, Marcus Bastos. Segundo ele, o Hospital est? em fase de solicita??o para o credenciamento e aguarda a decis?o do Minist?rio da Sa?de.

Atualmente, a cidade possui cinco hospitais credenciados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) somente para cirurgias de rins e c?rneas. Na regi?o, apenas a cidade de Cataguases possui um hospital credenciado para transplantar c?rneas, de acordo com os dados da Central Nacional de Capta??o e Distribui??o de ?rg?os (CNCDO). (veja a tabela).

Outra novidade para Juiz de Fora ? o credenciamento do Hospital Monte Sinai para transplantar, al?m de rins e c?rneas, outros ?rg?os como f?gado, pulm?o e cora??o. Segundo informou o Hospital a regulariza??o do SNT, do Minist?rio da Sa?de est? em fase final.

A Central Nacional de Capta??o e Distribui??o de ?rg?os de Minas Gerais - Transplantes Regional Zona da Mata (CNCDO - MG) registrou, em 2004, 719 pacientes a espera de um doador de c?rnea ou rim. Destes, 650 estavam inscritos para receber rins e 69 eram receptores de c?rnea.

Mas na lista de doadores somaram-se no ano passado apenas 91 pessoas (45 doa?es de rins e 46 de c?rneas), nem pr?ximo a um ter?o do total de receptores. Muitos que estavam na lista de espera n?o conseguiram sobreviver.

Em Juiz de Fora - No Hospital Jo?o Fel?cio, foram realizados 67 transplantes de rins (doadores vivos), de 2002 a 2004. Na Santa Casa, foram 21 transplantados (15 de doador vivo e seis de doador cad?ver), em 2003 e 23 transplantados (15 foram de doadores vivos e oito de doador cad?ver), em 2004.

O primeiro transplante de rim de Juiz de Fora aconteceu na Santa Casa em 1983, quando Osmarina das Gra?as Riane aos 36 anos, recebeu um rim de sua irm? Olga Salete Riane do Valle de 46. (Leia a mat?ria). De l? pra c?, outros hospitais conseguiram o credenciamento e, atrav?s de campanha tentam conscientizar a popula??o sobre a import?ncia da doa??o. Para se ter uma id?ia uma pessoa pode salvar at? cinco vidas.

Fila de espera
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) ? respons?vel por fiscalizar e gerenciar a capta??o e distribui??o de ?rg?os e tecidos, pelo Brasil, que ? subdividido por regionais. Quem estiver apto a receber um transplante entra em uma fila, na verdade, para a Lista ?nica.

A Lista ?nica segue crit?rios determinados para selecionar o receptor adequado ao ?rg?o doado dispon?vel, independente de ser pelo SUS ou conv?nio particular. ? preciso que o doador e o receptor, por exemplo, tenham compatibilidade sang??nea e que o tamanho do ?rg?o do doador deve ser igual ao do receptor. Ningu?m passa na frente de ningu?m, desde que a pessoa precise do ?rg?o dispon?vel com muita mais urg?ncia que a outra.

M?nica Campos Daibert e Herm?nia Lopes Furtado Para diminuir a fila de espera, a assistente social da CNCDO da Zona da Mata, M?nica Campos Daibert (? esquerda, na foto), fala da necessidade de mobiliza??o da comunidade. "N?s da Central ? que abordamos a fam?lia que perdeu um parente, porque a equipe que faz transplante deve ficar afastada. E, por incr?vel que pare?a, a rejei??o das fam?lias por doarem os ?rg?os ? muito grande", lamenta.

A secret?ria da CNCDO, Herm?nia Lopes Furtado (? direita, na foto), conta que ao abordar a fam?lia, uma das perguntas feitas ? se a pessoa desejava doar os ?rg?os. "A resposta, quase sempre, ? que nunca conversaram sobre isso e por isso n?o autorizam a doa??o", explica.

A porcentagem de recusa de doa??o pela fam?lias, no Brasil ? de 50%. J? em Juiz de Fora, chega a 60%, de acordo com a CNCDO regional.

O maior obst?culo, segundo Herm?nia e M?nica, ? o medo. Medo, principalmente, quando s?o avisados que a pessoa teve morte encef?lica. "Muito confundem morte encef?lica com coma. Mas ? totalmente diferente, porque no coma, o c?rebro continua funcionando e existe a possiblidade de recupera??o. J? na morte encef?lica, o c?rebro n?o funciona".

E para comprovar a morte encef?lica, regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina, s?o necess?rios dois m?dicos de diferentes ?reas para examinar o paciente, sempre usando exames complementares (cl?nico, laboratorial e gr?fico).

Quem autoriza a doa??o?
Herm?nia lembra que ? importante ressaltar que a doa??o deve ser autorizada pela fam?lia. "N?o adianta voc? deixar por escrito que deseja doar seus ?rg?os quando morrer, porque n?o vale nada".

As ?nicas pessoas da fam?lia que podem autorizar, na seguinte ordem, s?o: c?njuge ou companheiro com mais de um ano de conviv?ncia; pai e m?e, filhos maiores de 18 anos e, por ?ltimo, os irm?os. A exce??o acontece no caso de um menor ser ?rf?o e ser de responsabilidade de um tutor. "Mas tem que estar registrado que ele ? realmente respons?vel pela crian?a", diz Herm?nia.

Para entrar em contato com a CNCDO Regional da Zona da Mata Mineira, ligue para (32) 3222-4700 ou envie um e-mail para dihhrjp.fhemig@mg.gov.br, aos cuidados da Central de Transplantes.

Sua opini?o


Voc? autorizaria a doa??o de ?rg?o de um parente seu que tivesse morte encef?lica ou parada card?aca?

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