Paraibuna em alerta Caso o projeto de despolui??o do Paraibuna n?o seja executado,
rio pode morrer em menos de 20 anos

Renata Cristina
Rep?rter
21/03/2007

"?gua turva". O nome de batismo dado ao Rio Paraibuna pelos ?ndios Caxino?s parecia predestin?-lo a um futuro tr?gico. Polui??o, descaso, ponto cr?tico de Juiz de Fora. Estes s?o alguns dos "atributos" dados ao maior rio que corta a cidade, por onde desembocam cerca de 1.100 litros de esgoto dom?stico e industrial diariamente.

De acordo com uma das integrantes do Comit? da Bacia do Rio Para?ba do Sul, Aparecida Vargas, todo o complexo tem capacidade de diluir o esgoto lan?ado, com exce??o dos munic?pios de Juiz de Fora e Muria?.

"Precisamos urgentemente otimizar o processo de despolui??o do Paraibuna, caso contr?rio, Juiz de Fora ir? conviver com um rio morto", alerta Aparecida. Segundo a ambientalista, a morte do Paraibuna aconteceria no momento de "estresse h?drico", em que sua quantidade de esgoto ultrapassasse o volume de ?gua.

No trecho urbano da cidade at? a Barragem de Joasal, antiga Usina Quatro, o rio j? ? considerado "morto", devido ao grande volume de esgotos dom?sticos sem qualquer tratamento, al?m de esgoto n?o dom?stico de alto grau de concentra??o e toxicidade.

Segundo a Cesama, apenas 10% do esgoto do munic?pio atualmente passa por tratamento, fato que contribui para o elevado n?vel de polui??o do rio. "Nestes c?lculos, devemos levar em considera??o que a esta??o de Barbosa Lage n?o est? operando com 100% de sua capacidade", afirma o presidente da Associa??o do Meio Ambiente de Juiz de Fora (Ama-JF), Theodoro Guerra de Oliveira.

Outro fator impactante de grande import?ncia ? o assoreamento do Rio Paraibuna e seus principais afluentes. Conforme afirma o gerente de projetos e obras da Cesama, Marcelo Amaral, "a dragagem do leito ? feita continuamente e ? essencial para a retirada de obst?culos que comprometem o fluxo do rio". Dessa forma, s?o evitadas enchentes, dentre outros transtornos, como o entupimento de redes de esgoto.

O quadro justifica a necessidade de a?es eficazes para a despolui??o do rio. Um processo longo, demorado que levaria cerca de 43 anos, o que significa que o Paraibuna estaria despolu?do totalmente em 2.050. Se comparado a um pa?s de primeiro mundo, como aconteceu com a Inglaterra, que levou 18 anos para despoluir o T?misa, em Londres, os n?meros s?o razo?veis.

Em uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Juiz de Fora, o professor Jos? Homero, do departamento de Hidr?ulica e Saneamento da Faculdade de Engenharia, concluiu que a capacidade do Rio Paraibuna de transportar e diluir poluentes conservativos cresce diretamente com o aumento da vaz?o, que pode ser controlada pelo Reservat?rio de Chap?u D'Uvas.

Despolui??o do Paraibuna

Em junho de 2006, o prefeito Alberto Bejani e o ministro das Cidades, M?rcio Fortes de Almeida, assinaram o protocolo de inten?es para libera??o do recurso de R$ 63 milh?es para o projeto, que contar? com a contrapartida de R$ 7 milh?es da Prefeitura.

A primeira fase do projeto j? est? em andamento com a constru??o das Esta?es de Tratamento de Esgoto (ETEs). As obras no bairro Barreira do Triunfo j? foram conclu?das e o projeto prev? a constru??o da ETE Barbosa Lage, al?m da ETE Uni?o Ind?stria, no Bairro Granjas Bethel.


Fonte: Os dados acima foram retirados do site da Cesama