Furtos a residência em Juiz de Fora Regiões leste e sul da cidade são as campeãs em residências furtadas em 2007. A maioria deles aconteceu no mês de maio
Repórter
06/12/2007
Durante os meses de janeiro a outubro deste ano foram 1.124 ocorrências de furtos a residência registradas pela Polícia Militar. Em comparação com o mesmo período de 2006, o número caiu pouco. No ano passado foram 1.149, queda de apenas 25 registros.
"Reduzir o número de furtos a residência depende muito do cidadão. Ele é descuidado
e deixa portas e janelas abertas quando sai de casa"
, diz o assessor de comunicação
organizacional da Polícia Militar, Major Lúcio
Mauro Campos.
O maior número de casos foi na leste da cidade, com 340 registros neste ano. Em segundo lugar está a sul, com 189 casos e em último está a nordeste, com 91 registros.
Em 2006, a zona leste também foi a campeã com 342 registros. Na zona sul foram registrados 226, com queda de 21 ocorrências em 2007, e a nordeste, com 74 casos, apresentou aumento de 17 neste ano (veja os gráficos).
"Estes números não são altos para Juiz de Fora, uma cidade com mais de 500 mil habitantes.
Aqui é muito tranqüilo se formos comparar com outras cidades do país até menores
que a nossa, como Governador Valadares, por exemplo. Somos a terceira cidade, com mais
de 250 mil habitantes, mais segura do país. Ficamos atrás de Maringá e de Joinvile"
,
ressalta o Major.
Segundo ele, "a região leste é muito grande, tem muitos bairros, moradores e
áreas afastadas, além dos bairros com maior índice de violência"
. O alto índice
populacional também vale para a região sul. "Essa região pega a cidade alta,
onde não tem tanta gente como na leste, mas que é uma das mais populosas da cidade.
Além disso, o território é grande"
, explica Campos.

Medidas
Os bairros com maior índice de furtos a residência geralmente estão próximos a outros
carentes de infra-estrutura. "Pessoas de bairros mais problemáticos e sem infra-estrutura
atuam em bairros com população de melhor poder aquisitivo"
, explica o Major.
É por isso que, além de trabalhar a questão do combate à violência, a polícia
militar vem atuando para ajudar estas pessoas a terem melhor qualidade
de vida.
"Estamos trabalhando a filosofia da Polícia Comunitária, com o objetivo principal
de reduzir os furtos. Para isso, estamos criando os Conselhos Comunitários de
Segurança Pública (Consep) nas regiões da cidade. Neles, a população se reúne, em parceria com a polícia,
e discute a segurança pública local
e também o que precisa ser melhorado em termos de estrutura, para elevar a qualidade de
vida. E isso é cobrado das autoridades"
.
Os Consep começaram a ser implantados em 2003 e já existem nas regiões sul, nordeste,
norte,
centro e na
Cidade Alta. "Ainda não conseguimos implantar na leste, onde
o número de casos é maior. Quando conseguirmos, acredito que o número de furtos
vai diminuir bastante. Sem a colaboração da comunidade é difícil diminuir
estes números"
, diz Campos.
A Polícia Militar também faz a Patrulha Preventiva. "Os policiais fazem rondas diárias e
visitam as residências para ver se existe alguma irregularidade. Se existir, deixamos
uma notificação para os moradores do que é necessário mudar para evitar furtos"
,
explica.
Além disso, foram criadas as Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp).
Um trabalho em conjunto realizado pelas polícias militar e civil para ter maiores resultados
positivos. "Essa integração foi muito boa, pois estamos conseguindo reduzir a criminalidade.
a PM faz a prisão e a civil dá prosseguimento aos casos, com as investigações"
,
ressalta.
O Major dá as dicas. "Quando for viajar, avise a algum vizinho, parente ou à polícia.
Não deixe lâmpadas acesas durante o dia e correspondências ou jornais acumulados. Peça
alguém para recolhê-los. E em caso de perceber movimentos estranhos na rua ou na casa
vizinha, chame a polícia"
.