Artigo

Rumos para a psicoterapia

Colabora??o:
Quintal de Artes e Terapia
19/07/2000

A pr?tica da psicoterapia no Brasil atrelou-se, por muito tempo, a dois modelos: o m?dico e o psicanal?tico, ambos representantes significativos de poder. Isso transformou a psicoterapia em um complemento do tratamento de sa?de, a tal ponto que a grande maioria das pessoas dependia da indica??o m?dica para buscar apoio psicol?gico.

E muitos ainda o fazem. No meu entender, psic?loga de carreira h? 25 anos, a psicoterapia esteve um pouco desvinculada da psicologia, que ? a ci?ncia do comportamento. Como cuida da sa?de ? hoje n?o s? mental, mas do estar saud?vel, da educa??o (quando analisa as formas de proceder, do desenvolver, do mandar e at? do adoecer) e da espiritualidade ? visa integrar o homem consigo mesmo e com o mundo.

A psicoterapia, com a psicologia, est? se tornando log?stica e, por que n?o dizer, globalizada. A globaliza??o, o holismo, as inser?es entre as v?rias ci?ncias, tudo isto, tem obrigado a psicoterapia a buscar um outro modelo, mais funcional, pragm?tico e eficaz.

Aproximando-se cada vez mais da psicopedagogia, da filosofia e da f?sica, a psicoterapia vai adquirindo sua identidade pr?pria, libertando-se de paradigmas alheios, buscando e adaptando ferramentas como a arte, a m?sica, os esportes, a dan?a, o teatro, a hipnose, a Programa??o Neuroling??stica, os "games" etc. Tudo isso para se tornar mais real e mais r?pida, para acompanhar a velocidade das mudan?as.

Essa mudan?a ? uma via de m?o dupla: hoje a pessoa que busca a psicoterapia j? chega amedrontada, sentindo-se anormal, mas vem com objetivos declarados, apresentando at? exig?ncias de modelos de atua??o. J? n?o ? um consumidor passivo, mas participante, ativo. Construtivista, constr?i seu pr?prio modelo de conhecer-se e modificar-se.

Myriam Bisaggio, psic?loga do Quintal