Segunda-feira, 27 de abril de 2009, atualizada às 17h30

Sem acordo, servidores municipais mantêm paralisação na quarta-feira

Daniele Gruppi
Repórter

Representantes do sindicato dos Servidores Públicos (Sinserpu), dos Professores (Sinpro), dos Engenheiros (Senge) e dos Médicos se reuniram nesta segunda-feira, dia 27 de abril, com a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora. Como não houve nem um avanço nas negociações, os servidores mantêm a paralisação agendada para esta quarta-feira, dia 29 de abril.

Durante o encontro, o secretário de Administração e Recursos Humanos, Vitor Valverde, ratificou que a administração municipal não tem condições de conceder reajuste salarial este ano devido à crise econômica mundial, conjugada com a dívida herdada de mais de R$ 60 milhões que a Prefeitura possui, além da queda na arrecadação de tributos como o IPCA e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). "Se a Prefeitura concede aumento agora, vamos chegar ao final do ano sem dinheiro para pagar os salários e o 13º", enfatizou.

Os sindicalistas pedem um reajuste salarial inflacionário de 6%, apontado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Entre as reivindicações do funcionalismo público municipal, estão ainda a reposição de R$ 150 para reestruturação da tabela salarial, o reajuste de 12% nos vencimentos e o aumento do valor do tíquete-alimentação, de R$ 50 para R$ 90.

A Prefeitura, entretanto, abriu a negociação para pautas específicas de cada classe. Nesta terça-feira, 29, haverá uma reunião com cada sindicato. Valverde afirma que outros itens do acordo coletivo garantem ganhos financeiros indiretos. Conheça algumas reivindicações individuais:

  • Professores: Além do aumento salarial, os educadores lutam por reajuste de 19,2%, referente à correção do valor do Fundeb, aumento de R$ 450 para R$ 600 da verba anual para compra de materiais pedagógicos e especialização, além da inclusão de diretores e vice-diretores no pagamento da reunião pedagógica mensal e o reajuste de 10% sobre o salário. A categoria quer a implantação do piso salarial nacional de R$ 1.132 para 40 horas semanais;
  • Médicos: Os profissionais da saúde pedem a equiparação de seus salários com os dos demais funcionários de nível superior;
  • Engenheiros: Implantação gradativa do piso de 8,5 salários mínimos obrigatórios para os seletistas (funcionários regidos por lei), igualdade para os estatutários e seguro de vida.