Quarta-feira, 30 de março de 2011, atualizada às 17h23

UFJF quer plantar dez mil árvores no campus em quatro anos

Clecius Campos
Subeditor

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) tem a intenção de plantar mais de dez mil árvores no campus nos próximo quatro anos. Essa é a meta estipulada pela Pró-reitoria de Infraestrutura da instituição, que anuncia que mais de 2.500 mudas já foram plantadas em áreas não edificáveis do campus. "É o compromisso ambiental da universidade, diante da necessidade da expansão das áreas edificáveis, advinda dos benefícios do Reuni [Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais]. Queremos cumprir mais do que a compensação exigida por lei de doze mudas para cada árvore derrubada. Queremos que o replantio ocorra em maior dimensão", afirma o pró-reitor de Infraestrutura, Paschoal Tonelli. O reflorestamento deverá ser feito em parceria com a equipe de jardins da Empresa Municipal de Pavimentação (Empav).

Todas as árvores a serem plantadas são espécies nativas da Mata Atlântica como quaresmeira, ipê, pau-brasil e murici. O replantio vai compensar a perda de 279 pinus do bosque localizado em frente ao Instituto de Artes e Design (IAD), cortados entre o final de fevereiro e o início de março, para a construção de um estacionamento. "A expansão do IAD já estava prevista, com obras licitadas e todos os licenciamentos ambientais em perfeita conformidade com a lei. Além disso, tamanho é o compromisso da universidade com o meio ambiente que a instituição adquiriu o Sítio Malícia e irá incorporar a Mata do Krambeck, em parceria de desapropriação com o governo do Estado."

Origem do bosque do IAD

Segundo conta Tonelli, o bosque de pinus do IAD teria sido criado por engano. Na época em que foi concebido o projeto paisagístico do campus da UFJF, os pinus estavam previstos para decorar todo o caminho que segue dos prédios da faculdade de Engenharia, até o Instituto de Ciências Humanas (ICH). "No entanto, o plantio gradativo foi mostrando que a árvore, por ser exótica, trazia acidez ao solo, além de o crescimento de sua raiz causar agressividade, incluindo o levantamento dos meios-fios. Então, as mudas de dois palmos de altura, que já haviam sido adquiridas e estavam plantadas na área próxima ao IAD foram mantidas lá e, 40 anos depois, virou um bosque."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken


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