Quinta-feira, 16 de junho de 2011, atualizada às 18h

Pesquisa aponta como médio o índice da qualidade da água da Represa João Penido 

Da Redação
Represa João Penido

O Índice de Qualidade da Água (IQA) da Represa Doutor João Penido, responsável pelo abastecimento de 65% de Juiz de Fora, é considerado de nível médio. A conclusão é resultado de uma pesquisa realizada durante um ano pela aluna Maria Magaly Heidenreich S. Bucci do curso de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A avaliação não foge à regra da maioria dos rios e córregos analisados no Estado de Minas Gerais.

O estudo foi desenvolvido entre julho de 2009 e julho de 2010 na represa e nos seus dois afluentes, o Córrego da Grama e o Ribeirão dos Burros. A pesquisadora, juntamente com a polícia ambiental, uma vez por mês, percorreu a represa de barco fazendo a coleta de água e também de plantas aquáticas para análise, em cinco pontos diferentes. Além disso, foram tiradas fotos das margens no intuito de fazer uma comparação entre as amostras coletadas e as imagens.

"A região é uma área de preservação ambiental determinada por lei municipal, mas mesmo assim vem sendo ocupada de forma irregular", ressalta Maria Magaly. Segundo ela, há lançamentos de esgotos clandestinos, construções em espaços não permitidos – as Áreas de Preservação Permanente (APPs) – e fortes impactos ambientais causados pelo homem, como queimadas e perfurações de poços, fatores que vêm alterando a qualidade da água.

A intenção do estudo, segundo Maria Magaly, é chamar a atenção dos órgãos públicos "no sentido de tomarem providências para que a qualidade não piore, por isso recomenda-se uma fiscalização intensa".

Para Maria Magaly há necessidade de se adotar medidas urgentes como recomposição florestal, contenção do assoreamento que transportam sedimentos e fiscalização do trânsito de pessoas em lugares proibidos.