Quinta-feira, 12 de novembro de 2009, atualizada às 16h57

Gerência Regional do Trabalho entra em greve por tempo indeterminado

Clecius Campos
Repórter

A Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Juiz de Fora entra em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira, 13 de novembro. A deliberação acompanha o Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social em Minas Gerais (Sintsprev-MG).

A unidade estava em operação tartaruga desde o último dia 5, abrindo somente na parte da manhã e mantendo 30% de atendimento essencial. De acordo com o agente administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e grevista Rafael Lopes, a paralisação total permanece até que a Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Ministério do Planejamento abra negociações em prol do plano de carreira específico para servidores do MTE.

"Em outubro deste ano, o titular da SRH, Duvanier Paiva Ferreira, informou aos servidores da impossibilidade de discutir uma carreira específica antes de 2011. O Sintsprev-MG discordou da posição e deflagrou a greve." Em Juiz de Fora, os principais serviços a serem prejudicados serão os de recebimento de pedidos para o seguro-desemprego, a emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social e consultas à Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e ao Programa de Integração Social (PIS). Cerca de 150 pessoas devem deixar de ser atendidas por dia.

De acordo com o chefe do setor de relações do trabalho da Gerência Regional do Trabalho e Emprego, José Tadeu de Medeiros Lima, 17 funcionários da carreira administrativa deixarão de trabalhar. Serviços ligados à fiscalização e o Plantão Fiscal de Atendimento ao Público continuarão funcionando, das 13h às 17h. Lima informa que pedidos de seguro-desemprego podem ser realizados na agência do Sistema Nacional de Empregos em Juiz de Fora (Sine-JF). "Existe previsão de que a partir da próxima segunda-feira [16 de novembro] o Sine comece a emitir as carteiras."

Pauta de reivindicações

Além da implantação de carreira específica para servidores do MTE, os funcionários pedem melhorias gerais nas condições de trabalho, fixação de carga horária de 30 horas semanais, ampliação de vagas do órgão para contratação, paridade salarial entre servidores ativos e aposentados e equiparação do auxílio alimentação com o recebido por funcionários do mesmo nível em outras esferas do governo.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes