Militares de Juiz de Fora seguem para o Haiti
Repórter
Dois militares de Juiz de Fora e um de São João del Rei foram para o Haiti na tarde desta quinta-feira, 21 de janeiro. A viagem faz parte da Missão de Estabilização do Haiti (Minustah), promovida pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Os profissionais ficarão no país por, no mínimo, seis meses.
Os militares saíram de Juiz de Fora por volta das 13 horas, seguindo para o Rio de Janeiro, onde se juntaram a mais 127 profissionais que servirão na missão de paz no Haiti. O grupo embarca para o país no avião da Força Aérea Brasileira na próxima sexta-feira, dia 22.
O cabo Cláudio Pedro, que viaja em missão pela primeira vez, destaca que está preparado para os trabalhos que serão realizados no país da América Central. "Recebemos cinco meses de treinamento e nem mesmo o fato de a capital, Porto Príncipe, ter sido novamente atingida por um tremor de terra nos deixa mais apreensivos", declarou, mencionado o tremor ocorrido na última quarta-feira, dia 20. Os militares passaram por treinamentos que incluem avaliação da saúde, testes de resistência, entre outros. Segundo a esposa do cabo Cláudio, Renata Pedro, a apreensão é forte para a família, que fica em Juiz de Fora. "Sei que eles passaram por treinamento, mas não há como deixar a preocupação de lado."
Para o sargento Ehrlich Machado, que também viaja em missão pela primeira vez, os militares vão encontrar muito trabalho pela frente. "Estamos cientes do que encontraremos por lá, mas é importante lembrar que temos a oportunidade de levar um pouco de solidariedade, por meio de ações humanitárias. Pretendemos cumprir muito bem mais esta missão."
O tenente José Maria Sydow de Barros, que serve na cidade de São João del Rei, é também um novato em missão no Haiti. "Com certeza o sentimento mais forte no momento é a motivação. Sabemos que podemos fazer muito por aquelas pessoas."
Segundo o chefe de comunicação da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, major Miler Barbosa das Neves, os dois militares de Juiz de Fora que estão no Haiti devem retornar à cidade até o dia 6 de fevereiro. Com relação ao último tremor de terra registrado em Porto Príncipe, o major explicou, por informações repassadas por militares em missão, que o abalo aconteceu a cerca de seis quilômetros do último epicentro. "Infelizmente, ele pode ter ocasionado a queda de alguns escombros, o que dificulta ainda mais a situação do país."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes