Quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011, atualizada às 13h12

Proposta de reajuste salarial de empresários do transporte coletivo desagrada categoria. Manifestações podem ocorrer

Aline Furtado
Repórter
Ônibus na Rio Branco

Em um encontro, realizado no final da tarde da última terça-feira, 1º de fevereiro, entre representantes das empresas de ônibus urbanos de Juiz de Fora e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo (Sinttro), os empresários apresentaram uma contraproposta de reajuste salarial que desagradou a categoria.

Motoristas e cobradores reivindicam aumento de 15%, mas os empresários do setor afirmam a possibilidade de conceder 4,6%. "Na primeira negociação, recebemos a proposta de 3%, como abono salarial. Mesmo com o aumento do índice para 4,6%, entendemos que as empresas podem, sim, conceder reajuste maior, já que não se encontram mais no vermelho. Prova disso é a mudança para a bilhetagem eletrônica, implantada durante o ano passado", destaca o presidente do Sinttro, Paulo Avezani.

Na reunião, os empresários continuaram afirmando que os benefícios recebidos pelos trabalhadores não serão alterados. "O que eles pretendem manter é a data-base no mês de fevereiro, além das cláusulas já acordadas em outras negociações, mas não há qualquer tipo de aumento dos benefícios. Pretendemos mudar o valor do vale-refeição de R$ 160 para R$ 250."

No início da próxima semana, a categoria reúne-se em uma assembleia geral, na qual deverá ser analisada a proposta apresentada pelos empresários. "Pela minha experiência, creio que os trabalhadores vão rejeitar a proposta, pois o índice apresentado está abaixo do INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor], que foi de 6,02% no ano passado." Com isso, segundo Avezani, não está descartada a possibilidade de manifestações. "Se a categoria decidir por movimentos como Operação Tartaruga ou paralisações, vamos acatar, desde que esteja dentro da legitimidade."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken