Segunda-feira, 6 de junho de 2011, atualizada às 14h57

Morte de bebê em JF alerta para os cuidados com a amamentação

Victor Machado
*Colaboração
Mãe amamentando bebê

Um bebê de seis meses morreu após ser amamentado, na manhã do último domingo, 5 de junho, no bairro São Mateus. Segundo informações da Polícia Militar (PM), o menino teria sido colocado para dormir logo após ser amamentado e a mãe percebeu a necessidade de trocar a fralda. Nesse momento, ela viu que o bebê estava sem sinais de vida. O Samu foi acionado e um médico constatou a morte. Apesar da causa ainda não ter sido confirmada, os médicos alertam para os cuidados com a amamentação.

De acordo com a pediatra Márcia Mizrzhray Dias, é importante que a postura, no momento da amamentação, seja confortável para o bebê e para a mãe. Ela explica que a criança não deve ser amamentada com o corpo todo reto. "Mesmo se a mãe estiver deitada, deve-se colocar o braço por baixo da cabeça para que ela fique um pouco mais alta. Esta inclinação é importante."

Logo depois da amamentação, a mãe deve dar leves tapas nas costas do bebê, entre cinco a 10 minutos. Esse procedimento faz com que a criança arrote, mas a pediatra afirma que não é essencial que o arroto ocorra. "Caso isso não aconteça, é sinal de que ela não engoliu ar. Mas é importante dar os tapinhas sempre após amamentar o bebê." Para Márcia, é possível que a criança que morreu tenha aspirado leite.

Postura

Segundo a pediatra, não existe problema em colocar a criança para dormir após ser amamentada. "É até normal ela querer dormir, mas deve-se tomar cuidado com a postura para que não aconteça nada." Ela explica que o bebê deve ser colocado de barriga para cima. Nesta postura, a criança acaba virando a cabeça para o lado, o que evita que ela engasgue. "Não é indicado colocar o bebê para dormir de bruços."

Dormir de barriga para cima é o mais correto e esta postura não deve ser usada apenas após a amamentação. Márcia comenta que existem relatos da Síndrome da Morte Súbita do Lactente, que acontecem principalmente, entre dois e oito meses. "Esta síndrome pode acontecer em qualquer idade, mas este é o período com mais risco." A pediatra afirma que estudos mostram que, neste caso, a morte ocorre porque o bebê vira a cabeça para baixo, podendo respirar gás carbônico.

*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken