Quarta-feira, 8 de junho de 2011, atualizada às 13h23

Custódio e Rodrigo Mattos são indiciados por compra de votos

Victor Machado
*Colaboração
Custódio e Rodrigo Mattos

O prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos, e seu filho, o vereador Rodrigo Mattos, ambos do PSDB, foram indiciados por compra de votos em inquérito que é investigado em segredo de justiça pela Polícia Federal. As acusações de distribuição de dinheiro vivo para eleitores em troca de votos correspondem ao final da campanha das eleições municipais de 2008. O prefeito nega e acredita que a investigação comprovará a inocência. 

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais, Custódio e Rodrigo foram indiciados no dia 25 de abril e a Polícia Federal recebeu do juiz Benjamin Rabello, relator do inquérito número 14.507, o prazo de 90 dias para encerrar as investigações. O TRE não tem acesso ao que já foi investigado pela PF desde o dia 25, quando o juiz negou o pedido do prefeito de arquivamento do processo. Alegando foro privilegiado por prerrogativa de função, Custódio apresentou requerimento à Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais solicitando a nulidade do indiciamento. O pedido foi negado.

Ao final do prazo, a PF enviará os resultados das investigações para o Ministério Público Eleitoral, em esfera federal, que analisará o caso e depois será encaminhado ao TRE para que seja julgado. Segundo o TRE, no momento, o tribunal aguarda o final das investigações. Os dois políticos foram indiciados no artigo 299 do Código Eleitoral, com pena prevista para reclusão de até quatro anos e pagamento de cinco a 15 dias-multa.  

Prefeito

Em nota divulgada pela assessoria da Prefeitura de Juiz de Fora, Custódio afirma que as acusações contra ele e o filho não têm clareza, têm motivação política e são inverídicas, sem nenhum tipo de sustentação. Ele também declara que, "por falta de provas e diante de vícios no inquérito, o Ministério Público solicitou o arquivamento". A nota encerra dizendo que a investigação da Polícia Federal ainda não foi concluída e que a suposta denúncia será desqualificada no âmbito judiciário. Até o fechamento desta matéria, o vereador Rodrigo Mattos não foi encontrado para comentar o caso.

*Victor Machado é estudante do 7º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Thaísa Hosken