Quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012, atualizada às 18h20

Motoristas e cobradores de JF ameaçam deflagrar Operação Preguiça no dia 5 de março

Da Redação
Foto de Operação Tartaruga

Os motoristas e cobradores de Juiz de Fora ameaçam deflagrar uma reivindicação por aumento salarial e pauta social no próximo dia 5 de março. O movimento foi batizado de Operação Preguiça pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo (Sinttro), uma vez que os ônibus devem percorrer as ruas da cidade, com velocidade ainda mais lenta que nas já conhecidas operações Tartaruga.

"Operação Tartaruga já acontece no dia a dia em Juiz de Fora. O trânsito está lento demais. Com a Operação Preguiça, vamos andar um pouquinho e parar um pouquinho, como forma de forçar os empresários a dialogarem com os funcionários", explica o presidente do Sinttro, José Pedro Franco Ribeiro.

Segundo Ribeiro, desde a última negociação, quando foi ofertado o aumento de 6% pela Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp), trabalhadores não conseguiram marcar novo encontro com a representante das empresas. "Até hoje [23 de fevereiro], não recebemos comunicado marcando nova rodada de negociação. Se até o dia 5 de março não houver avanço na pauta, começaremos com a operação."

Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 12,15% referente à inflação acumulada desde o último reajuste e a ganho real de 6%. O Sinttro pede ainda aumento do tíquete alimentação de R$ 190 para R$ 250, jornada de trabalho de 7 horas, fim do horário de repouso e alimentação, aumento do valor do seguro de vida, abono de férias de 30%, estabilidade na aposentadoria e quinquênio, entre outros itens da pauta social. "Vamos protestar também contra o abuso dos fiscais da Prefeitura, com o excesso de aplicações de multas a motoristas."

Por meio de sua assessoria, a Astransp informa que apresentou a contraproposta que era possível ser ofertada no ano de 2012, considerando que agiu de tal forma, a fim de agilizar o processo de negociação. Afirma ainda que em nenhum momento houve flexibilização no índice de mais de 12% solicitado pelos rodoviários e que tal reajuste seria "simplesmente inviável". Aponta que não houve contraproposta ao ofertado pela associação por parte do sindicato. Informa também que tomará medidas preventivas contra a ameaça de operação dos trabalhadores, a fim de não prejudicar a população.

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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