Terça-feira, 3 de julho de 2012, atualizada às 15h05

Trabalhadores da Embrapa decidem continuar greve até quinta-feira

Nathália Carvalho
*Colaboração
Sede da Embrapa Gado de Leite em Coronel Pacheco

Os trabalhadores dos núcleos de Juiz de Fora, Coronel Pacheco e Vassouras-RJ da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) decidiram manter a greve até a próxima quinta-feira, 5 de julho, quando haverá uma assembleia para avaliar as propostas apresentadas pela empresa. Na segunda-feira, 2, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) publicou um edital com as informações sobre o andamento das negociações com a Embrapa. A paralisação envolve pesquisadores, assistentes e analistas da Embrapa Gado de Leite.

"Reunimos os três núcleos para expor a situação das reivindicações para os trabalhadores e fizemos uma votação em que ficou decidido pela continuidade do movimento grevista. A empresa ofereceu na sexta [29 de junho], uma proposta de aumento de R$ 66 no tíquete alimentação de todos os funcionários, mas isso não representa mudança real de salário", explica o presidente da seção sindical da Embrapa Gado de Leite, Néio Lúcio Ramos. A reunião será realizada na porta da unidade da empresa do bairro Dom Bosco às 9h. O presidente lembra que a escolha do local deve-se ao posicionamento da empresa de proibir que assembleias fossem realizadas dentro das unidades.

Ramos espera um fortalecimento do movimento grevista e acredita que existe uma grande necessidade de comparecimento efetivo dos funcionários, fato que não tem sido recorrente nas últimas assembleias. "Estamos com 60% do corpo de trabalhadores aderidos à greve, mas aguardamos que, desta vez, haja um comparecimento maior na reunião, para realizarmos a decisão com votação maciça."

A categoria busca uma série de reivindicações. Na área econômica, o principal é o reajuste salarial com ganho real de 5% além dos 5,10% de correção da inflação. A Embrapa acena apenas com a correção do IPCA. Os pesquisadores buscam também avanços em cláusulas sociais, criação de banco de horas para a área de pesquisa e desenvolvimento. O acordo coletivo foi prorrogado até o dia 6 de julho.

*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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