Terça-feira, 10 de julho de 2012, atualizada às 9h50

Passagem de ônibus custará R$ 2,05 a partir do próximo sábado

Nathália Carvalho
*Colaboração
Onibus

O transporte coletivo urbano de Juiz de Fora ficará mais caro a partir do próximo sábado, 14 de julho, quando a tarifa de R$ 1,95 passará a custar R$ 2,05, exatamente um ano após a ratificação da primeira.

A planilha que justifica o reajuste de 5,1% no valor da tarifa foi apresentada no dia 28 de junho pela Secretaria de Transporte Urbano (Settra) em audiência pública, após aprovação do Conselho Municipal de Transportes (CMT) na noite anterior. Foram 13 votos a favor, três contra e uma abstenção. O decreto que definiu a decisão foi assinado pelo prefeito Custódio Mattos na última sexta-feira, 6, e publicado no Atos do Governo nesta segunda, 9.

De acordo com o texto publicado, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) considera que "a atualização do preço da passagem é o único meio capaz de assegurar a continuidade, boa qualidade dos serviços públicos prestados aos usuários e o equilíbrio econômico-financeiro do sistema". Com o reajuste de R$ 0,10, ficou definida a suspensão da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO) durante a vigência do decreto. No documento é informado, por fim, que a mudança entrará em vigor dentro de cinco dias a partir da data de publicação.

A última mudança no preço da tarifa do transporte urbano completa um ano no próximo sábado, 14. Em 2011, foi também no dia 9 de julho que um decreto assinado pelo prefeito autorizava o aumento de R$ 0,15 no valor da passagem, que passou a custar R$ 1,95. Na ocasião, o reajuste equivalia a um percentual de 8,33%.

Questionamentos

Durante a audiência do último dia 28 que definiu o aumento da passagem, houve uma forte presença de posicionamentos contrários ao decreto, principalmente por parte de estudantes e vereadores. Eles questionavam a metodologia adotada pela Settra e criticavam a qualidade do transporte público. Na ocasião, o membro integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFJF, Felipe Fonseca, destacou que não houve grandes mudanças no transporte coletivo de Juiz de Fora desde as graves denúncias que levaram à queda de um prefeito. Ele também criticou a metodologia adotada para o cálculo do reajuste.

"Foram quatro anos e as planilhas continuam apresentando os mesmos problemas, que são questionáveis, como a inclusão das gratuidades e a utilização de valores unitários, como pneus, por exemplo, quando na verdade os empresários compram por atacado", disse, relatando que o DCE, que tem cadeira no CMT, não foi comunicado sobre a reunião para a votação do reajuste e nem recebeu a planilha com antecedência para que pudesse analisá-la. "Isso é muito grave e abala a relação dessa planilha com a população."

Ainda durante a audiência, o Secretário de Transporte, Márcio Bastos, rebateu às acusações afirmando que o transporte coletivo de Juiz de Fora conta "com excelente qualidade de operações". Sobre o fato de o convite para a reunião do CMT não ter chegado ao DCE, creditou à mudança dos representantes estudantis e a consequente falta de comunicação à Settra como responsável pelo ocorrido. O secretário disse, ainda, que está aberto para explicar como a planilha foi calculada tanto para os estudantes como para os vereadores.

*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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