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Quinta-feira, 20 de setembro de 2007, atualizada ?s 16h58
A alimentação natural para cães e gatos nada mais é do que uma dieta caseira constituída, de forma geral, por carnes, vísceras e vegetais frescos. Quando falamos em dieta caseira é importante ressaltar: não se trata de oferecer restos de comida ao seu pet. Para que a alimentação natural traga para o seu animal todos os benefícios que promete, é essencial que seja feita de maneira balanceada e com acompanhamento profissional.
Dito isso, vamos às vantagens de deixar a ração no passado e oferecer alimentação natural equilibrada para os nossos pets.
Você pode escolher qual modalidade de alimentação natural mais se encaixa na sua rotina e na do seu animal de estimação. As modalidades dessa dieta são: alimentação natural crua com ossos – constituída, basicamente, por vegetais, vísceras, carnes e ossos carnudos crus (ossos nunca devem ser cozidos); alimentação natural crua sem ossos – constituída, basicamente, por vegetais, vísceras e carnes cruas e alimentação natural cozida – constituída, basicamente, por vegetais, vísceras e carnes cozidas.
Seja qual for a dieta ideal para você (pensando no preparo, armazenamento) ou para o seu animal (com qual tipo de AN a adaptação dele será melhor), a alimentação natural sempre terá vantagens quando comparada à ração. Isso, claro, se for produzida com todos os cuidados que requer: acompanhamento profissional de um médico veterinário ou zootecnista para elaboração de uma dieta balanceada, complementação adequada, suplementação na medida certa. Caso você não tenha disponibilidade ou vontade de seguir, rigorosamente, o que o profissional indicar, é melhor continuar na ração.
Uma das grandes vantagens dessa dieta é o fato dela ser constituída, em média, por 70% de água. Desse modo, auxilia na manutenção da hidratação, na boa digestão, na saúde dos rins e do trato urinário. Agora pense na ração. Certamente aquele grão seco não oferece esse tipo de benefício (as rações possuem, em média, apenas 12% de umidade).
Tendo em vista que a alimentação natural é produzida com alimentos comuns à nossa alimentação, há possibilidade de incluir na vida do seu peludo uma dieta variada, alternando proteínas, vísceras, legumes e verduras. Por apresentar bons níveis de proteína animal, além de vegetais frescos, a alimentação natural proporciona boa absorção dos nutrientes e, consequentemente, a melhora geral na saúde, disposição e imunidade de cães e gatos. E tem mais uma vantagem atrelada ao bom aproveitamento dos nutrientes: fezes muito mais sequinhas e com odor reduzido.
A alimentação natural é muito mais palatável, principalmente para os cães. Ou seja, agrada até aqueles com o paladar mais exigente! Isso também contribui para que o momento da refeição seja muito mais prazeroso e alegre para o seu animal de estimação.
Por ser uma dieta equilibrada e balanceada, auxilia no combate à obesidade, bem como no controle de episódios de diarreia, vômito, otites e problemas de pele de fundo alimentar.
E tem mais coisas boas! Imagine poder proporcionar ao seu melhor amigo um alimento totalmente livre de aditivos químicos, corantes e conservantes artificiais comumente presentes nas rações. Já é sabido que muitos desses aditivos são prejudiciais à saúde, sendo que alguns deles já foram associados, até mesmo, a casos de câncer (como os conservantes BHA e BHT). Dá aquela sensação de consciência tranquila por fazer o melhor para proporcionar longevidade, com saúde e qualidade de vida, aos nossos companheiros de quatro patas.
Mas é imprescindível alertar: a alimentação natural desbalanceada pode levar a excessos e a deficiências nutricionais. Procure sempre um veterinário com conhecimento em nutrição animal ou um zootecnista para a elaboração de um cardápio adequado para o seu pet.
Todos nós temos conhecimento sobre os malefícios que a comida ultra processada, industrializada e produzida com aditivos químicos (corantes, conservantes, palatabilizantes) causam à nossa saúde. O mesmo vale para o seu pet. No entanto, ele não tem escolha. Está nas suas mãos promover essa mudança (para muito melhor) na vida do seu melhor amigo. Alimentação natural é carinho, respeito e cuidado com o seu peludo!
A força da produção industrial registrada no fim do século XIX e início do século XX deu a Juiz de Fora o título de Manchester Mineira. Naquela época, a cidade era considerada a mais importante do Estado, em termos de arrecadação de impostos e produção industrial. Mas, a partir da década de 30, a economia começou a entrar em declínio.
Estudo da professora Suzana Quinet, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) analisa o cenário da economia da cidade ao longo do século XX. A pesquisadora aponta que a cidade possuía enorme dinamismo econômico, com grande perspectiva de desenvolvimento no final do século XIX e início do novo século.
Quinet explica que, ao longo do século XX, buscaram-se tendências para reverter o cenário de declínio da indústria: a primeira foi a abertura para a indústria metalúrgica a partir de incentivos fiscais na década de 70, superando a produção têxtil nos anos 80. A atração de grandes empresas queria tornar a cidade novamente competitiva, tendo em vista o declínio ocorrido após a queda do setor manufatureiro entre as décadas de 40 e 50.
A vinda da montadora Mercedes-Benz para a cidade em meados dos anos 90 foi o segundo passo. A proposta de geração de 1,5 mil empregos diretos, com prioridade para a mão de obra local, levou aos órgãos públicos a criarem medidas de incentivos fiscais, entre eles a isenção de impostos municipais e estaduais por dez anos. Entretanto, explica a pesquisadora, os investimentos não trouxeram os efeitos esperados e o setor de serviços continuou a ser o mais representativo no Produto Interno Bruto (PIB) do município, variando entre 52 e 58% de 1994 a 2000.
A terceira tentativa foi a implantação de um Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Juiz de Fora em 1997. Mas, segundo o estudo, o plano foi "inapto em modificar o declínio histórico do setor industrial local", descreve.
O secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Juiz de Fora, André Zuchi, explica que um dos fatores que contribuíram para o declínio da produção industrial foi a perda da importância do Estado do Rio de Janeiro para a economia nacional. "A cidade tinha uma relação muito forte com o Rio. Por uma questão geográfica, nosso desenvolvimento foi muito baseado nessa relação e com o passar do tempo Estado perdeu importância e a nossa região sofreu influência."
Numa visão otimista, Zuchi acredita que a cidade vem melhorando o seu desempenho econômico. "Criamos um marco regulatório para o desenvolvimento e através de incentivos, leis, regulamentos, decretos, buscamos uma forma de incentivar a atração de empresas para o município. Com isso, possibilitaremos uma retomada do crescimento", propõe.
Uma das apostas é a criação do Parque Tecnológico, que busca fortalecer as ações ligadas à inovação e negócios. A iniciativa reúne pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com órgãos governamentais das esferas estadual e federal. "Buscamos fomentar o setor de serviços e tecnologia, por meio da redução do ISS para os prestadores de serviços, a fim de conseguir uma matriz equilibrada. Precisamos conseguir estabelecer um equilíbrio e diversificar a nossa economia. Isso sem deixar de lado o setor industrial, que apesar de empregar menos, propicia salários maiores", explica Zuchi.
Outro ponto destacado pelo secretário é o investimento para que a cidade se torne um polo de turismo de negócios. "Trabalhamos de forma que possamos estar no radar dos investidores, que sempre nos procuram. Essa história que a cidade não corre dinheiro não existe. Trabalhamos para a simplificação da burocracia e já temos alguns avanços na abertura de empresas como o novo centro de distribuição da Fiat e a criação do Distrito Industrial na BR-040. O primeiro passo foi dado, cabe a nós insistirmos neste desenvolvimento que é peça fundamental".
Zuchi reconhece que ainda existem impedimentos para a consolidação deste processo. "Temos sim problemas de curto prazo relacionados ao crescimento econômico, como, por exemplo, a competição entre municípios, incentivos exagerados, altos preços de aluguéis de imóveis e das áreas para implantação de empresas. Uma pesquisa recente mostra que a cidade está entre as oito mineiras para se investir, sendo 88ª no Brasil. Precisamos melhorar esta posição, mas esse índice já nos mostra que a gente está no cenário nacional. É preciso acreditar mais em nossa cidade, no nosso potencial", incentiva.
A pesquisadora Christina Musse observa que a cidade vive uma nova fase em termos econômicos. "A cidade tem outros impasses, mas eu acredito que ela entra num novo momento, alavancedil;arQuatro casas e dois prédios da rua Machado Sobrinho continuam interditados desde as chuvas do final de 2009 e do início deste ano
Os trabalhos de estabilização da encosta localizada entre as ruas Machado Sobrinho e Onofre Mendes, no bairro Alto dos Passos, terão início na próxima semana. A contratação emergencial de uma empresa de engenharia, que ficará responsável pelos trabalhos, foi anunciada nesta terça-feira, 23 de fevereiro, pela Prefeitura de Juiz de Fora.
A medida será tomada devido ao risco de escorregamento da encosta em consequência das chuvas que caíram sobre a cidade em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano.
De acordo com o secretário de Obras, Jefferson Rodrigues Júnior, serão realizados drenos sub-horizontais profundos no solo do local. "Serão feitos furos por todo o talude para que a água seja retirada, diminuindo o encharcamento, o peso e, consequentemente, o risco de escorregamento."
Conforme o subsecretário de Defesa Civil, major José Mendes da Silva, o trabalho de drenagem é fundamental devido à existência de minas de água na encosta. "O solo molhado é um sério problema, que pode prejudicar moradores das duas ruas."
Segundo Rodrigues, a previsão é de que as obras sejam concluídas em um prazo de 60 dias. "Se não houver problema durante a execução, dentro de dois meses, as famílias que moravam nas casas interditadas já poderão voltar às residências."
Rodrigues explica que não é necessário executar a demolição das quatro casas e dos dois prédios que se encontram interditados desde as chuvas do final de 2009 e início de 2010. "O deslocamento de terra não é tão grande, o que possibilita a contenção da encosta sem que seja necessário demolir as casas." Além disso, o secretário lembra que medidas, como a retirada das árvores e da vegetação, já foram tomadas. "O mato faz com que o solo fique ainda mais úmido."
A residência de número 262 da rua Machado Sobrinho (foto ao lado) precisou ter o cômodo dos fundos demolido devido ao risco ocasionado ao restante da casa. "A encosta estava provocando trincas nas paredes deste cômodo, que era pressionado e, por sua vez, empurrava a casa. A demolição parcial foi feita em caráter preventivo", diz o secretário.
O morador da rua Machado Sobrinho, Francisco Ramos, destaca a necessidade urgente de interferência no local. "Como leigo, acredito que não seja necessário demolir, mas os trabalhos para evitar que a encosta desça devem começar antes das chuvas." Já a dona de casa Maria da Conceição Leal, também moradora da rua, lembra do transtorno causado às famílias. "As pessoas tiveram que deixar suas casas e algumas estão pagando aluguel. É fundamental que os trabalhos tenham início rapidamente para que estas famílias retomem suas vidas."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes