Erosão em c?rrego de Cataguases prejudica 2.600 moradores

Por

Quinta-feira, 14 de abril de 2011, atualizada às 17h48

Erosão em córrego de Cataguases prejudica 2.600 moradores

Clecius Campos
Subeditor

A erosão em um córrego que corta a avenida das Indústrias, no bairro Santa Clara, em Cataguases tem prejudicado cerca de 2.600 moradores da região. A via está interditada em dois trechos e pode ceder. Além dessa população, um grande grupo de alunos que estudam em uma escola localizada na via e os funcionários das diversas indústrias instaladas na localidade também sofrem.

A rua está nessa situação desde as chuvas de dezembro, que intensificaram a erosão, causada pela interrupção de uma obra de canalização do córrego. Segundo o secretário de Obras de Cataguases, José Maria Magalhães Sasso, o curso d'água foi parcialmente canalizado e a parte retificada do canal tem apresentado uma erosão que se aprofunda a cada dia. "Parte do asfalto da pista foi consumida pela erosão. Há risco de acidentes com caminhões pesados que circulam por ali e também risco às pessoas. A população tem reclamado nas rádios e na TV. Eles têm razão, a situação é grave."

No entanto, a Prefeitura de Cataguases está de mãos atadas diante do problema. Isso porque a solução encontrada é a continuidade da canalização do córrego, o que só pode ocorrer mediante licenciamento ambiental. "A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente está dando andamento no processo de licenciamento. Tentamos junto à Supram [Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável] que a obra fosse considerada emergencial, por causa da erosão, mas o órgão não aceitou a justificativa. A continuidade das obras depende de análise e aprovação do Copam [Conselho Estadual de Política Ambiental]."

Uma licitação para a aquisição dos equipamentos que serão usados para realizar as obras já foi feita. A ordem de serviço para a compra dos produtos está pronta para ser publicada. O projeto, que irá canalizar os 50% restantes do córrego, prevê a criação de um passeio central para pedestres. "Hoje, a passagem de pedestres está bem comprometida. Por ser estreita, as pessoas acabam andando na rua." A obra será executada por homens da própria administração municipal. A previsão é de que as intervenções ocorram ao longo de até 60 dias. "Se iniciada no tempo seco, acreditamos que não haverá atrasos."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken