Suspeitos de aplicar golpes em caixas eletrônicos são presos pela Polícia Federal

Eles atuavam desde de 2009, em várias partes do país, como Juiz de Fora, Uberlândia, Pernambuco, Brasília e Minas Gerais

Cintia Charlene
*Colaboração
20/05/2013
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Dois suspeitos, de 27 e 32 anos, de aplicar golpes em caixas eletrônicos em Juiz de Fora e em várias regiões do país foram presos na última sexta-feira, 17 de maio, em Brasília. A operação, batizada de Invasão, também apreendeu um vasto material, usando nas fraudes, pela Polícia Federal de Juiz de Fora. "Entramos no caso porque uma agência da caixa econômica em Juiz de Fora estava sendo alvo desse tipo de crime, ou seja, bandidos de fora estão vindo para a cidade e aplicando golpes nas nossas agências, inclusive, em outras agências bancárias da cidade. Então, nós montamos uma operação, e fomos até Brasília com quatro mandados de apreensão e três de prisão. Conseguirmos ter êxito em dois. Eles foram presos e continuam à disposição da Policia Federal de Juiz de Fora", diz o chefe da delegacia de Polícia Federal, Cláudio Dornelas.

Segundo Dornelas, os criminosos atuavam desde de 2009, em várias partes do país, como Juiz de Fora, Uberlândia, Pernambuco, Brasília, Minas Gerais e outros estados. 'As investigações continuam para sabermos se há mais pessoas envolvidas neste tipo de golpe, para que possamos identificá-las e prendê-las', ressalta o delegado. Ainda não se sabe qual o valor adquirido pelas fraudes.

Segundo o delegado da Polícia Federal Carlos Henrique Macedo, os criminosos utilizavam duas técnicas. "Em uma delas, os meliantes utilizam uma haste metálica. Eles pintavam o objeto da cor do terminal eletrônico e utilizam uma fita dupla face nesta haste, fixando-a na máquina. Assim, quando a vítima fazia  a operação de saque, o dinheiro não chegava a sair do terminal, já que ficava preso na fita dupla face."

Além disso, Macedo diz que o indivíduo que aplicava o golpe ficava observando se a vítima iria receber o dinheiro. "A medida em que a vítima tentava retirar o montante, ele se apresentava como funcionário do banco e dizia que devido a problemas técnicos a operação não foi efetivada, mas o dinheiro seria estornado. Portanto, o cliente ficava convencido a sair da agência. Neste momento, o olheiro e o comparsa, retiravam o equipamento clandestino do banco, subtraindo o dinheiro da vítima." Outra modalidade praticada pelos criminosos era o uso de um filme de raio X, usado para pegar o dinheiro.

Alerta

Entre os materiais apreendidos estão hastes de aço, fitas coloridas, spray de tinta e um terno, usado para enganar as vítimas. O delegado alerta e pede a população que caso tenha sido vítima desse golpe que comunique primeiramente a segurança da agência bancária, e depois a polícia. "No caso de bancos privados, as pessoas devem avisar a Polícia Civil (PC). Nós da PF vamos entrar em contato com a PC, para verificar se é o mesmo grupo que agiu ou age na cidade', declara o delegado. 


*Cintia Charlene é estudante do 7º período de Comunicação Social da UFJF

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