Segunda-feira, 24 de março de 2014, atualizada às 17h20

Após uma semana de greve, servidores da UFJF continuam paralisados

Laura Lewer
*Colaboração
Após uma semana de greve, servidores da UFJF continuam paralisação

Após uma semana do início da greve dos servidores técnicos-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nenhum acordo foi atingido, mesmo com a adesão chegando a cerca de 90%. De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Técnicos-Administrativos das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), Lucas Simeão, a paralisação continua por tempo indeterminado. "Se o governo nos atender rapidamente, a greve acabará. Enquanto a categoria achar que os pedidos não foram atendidos, ela continua", explica. Segundo Lucas, os locais mais significativos que estão parados são as bibliotecas central e setoriais, o setor de transportes, restaurantes universitários e almoxarifado. 

Assembleia e reivindicações

Nesta terça-feira, às 9h, será realizada uma assembleia no saguão da Reitoria para a distribuição de informes locais com as medidas a serem implementadas. Ainda de acordo com Lucas, existe a possibilidade da greve atingir os setores administrativos e assistenciais do Hospital Universitário (H.U.). "Estamos levantando a possibilidade de impedir a internação de novos pacientes. Tudo será feito de modo que nenhum paciente seja prejudicado com a greve", explica.

As reivindicações dos servidores continuam as mesmas do início da greve, no dia 17 de março. Entre elas, estão o cumprimento do piso e step salarial, ascensão funcional, turnos de seis horas para manter a universidade aberta nos três turnos, paridade entre os servidores ativos e aposentados, reconhecimento de cursos de mestrado e doutorado realizados no exterior. 

Professores municipais e estaduais

Enquanto isso, os professores da rede pública de ensino farão uma reunião com a Prefeitura nesta terça-feira, 25 de março, às 11h para mais uma rodada de negociações. Segundo a coordenadora do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF), Lúcia Lacerda, os professores torcem uma resposta positiva. Ao todo são 23 reivindicações, sendo que a principal delas é a Lei do Piso Salarial (11.732/2008). Ainda de acordo com Lúcia, a pauta da categoria foi protocolada no dia 19 de março. 

De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Victória Mello, a paralisação da categoria na última semana foi positiva. "Cerca de 70% da classe parou na cidade, em Minas o movimento teve adesão de 75%, com várias manifestações", diz. Segundo Victória, seguindo o calendário nacional, uma nova paralisação está marcada para o dia 24 de abril. "O nosso objetivo é pressionar o Governo. No mesmo dia teremos uma audiência pública na Câmara de Juiz de Fora, para debater a volta das aulas à noite, extintas por resolução do Governo estadual no fim do ano passado.

*Laura Lewer é estudante do 7º período de Jornalismo do CES/JF

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