Aluna acusada de depositar veneno em bebedouro de escola dever? ser internada em hospital psiqui?trico

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Sexta-feira, 20 de novembro de 2009, atualizada às 18h30

Aluna acusada de depositar veneno em bebedouro de escola deverá ser internada em hospital psiquiátrico

Aline Furtado
Repórter

A adolescente de 15 anos acusada de depositar veneno para rato em um bebedouro localizado na sala dos professores da Escola Estadual Hermenegildo Vilaça, no bairro Grama, deverá ser internada em hospital psiquiátrico. A estudante passou por avaliação psiquiátrica na manhã desta sexta-feira, 20 de novembro.

Segundo o coordenador do comissariado da Vara da Infância e da Juventude, Maurício Gonçalves, a juíza Maria Cecília Gollner Stephan decidiu acatar o parecer da médica responsável pela avaliação, determinando a internação da adolescente em instituição psiquiátrica por um período de 20 dias. Ainda nesta sexta-feira, a menor foi ouvida pelo promotor de justiça, que deverá encaminhar avaliação sobre o caso.

Na última quinta-feira, dia 19, professores e alunos da escola foram surpreendidos ao ingerir água com gosto amargo e cheiro forte. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), os professores da instituição relataram à diretora que o suposto veneno para rato havia sido encontrado no interior do bebedouro.

A diretora levou o caso ao conhecimento dos alunos. Duas estudantes apontaram como suspeita a jovem de 15 anos. Um perito da Polícia Civil (PC) esteve no local e recolheu o galão de água e amostras do pó negro, os quais foram encaminhados para exame em Belo Horizonte.

Cerca de 30 pessoas, entre alunos e funcionários, que haviam consumido a água, foram levadas ao Hospital Doutor João Penido, onde passaram por avaliação médica e foram liberadas. Após os exames, o médico ressaltou que a quantidade de material presente na água não era suficiente para causar contaminação.

A menor foi apreendida e encaminhada à Delegacia da PC, onde prestou depoimento, juntamente com as duas colegas que a apontaram como a autora. Em depoimento à PC, uma das alunas disse que a suspeita teria contado a ela sobre o ato. A outra estudante afirmou ter visto a menina depositando o suposto veneno na água. A mãe da adolescente informou à PC que reconheceu o frasco encontrado ao lado do bebedouro, o qual teria sido utilizado para levar a substância da casa até a escola. Durante os depoimentos, a adolescente de 15 anos negou as acusações.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes