Terça-feira, 15 de dezembro de 2015, atualizada às 17h13

Operação Seringa: autuações de empresas investigadas somam R$ 4 milhões

Angeliza Lopes
Repórter
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A Receita Estadual em conjunto com o Ministério Público e Polícias Civil e Militar deflagrou, na manhã desta terça-feira, 15 de dezembro, a operação "Seringa", que investiga empresas de distribuição de medicamentos, materiais hospitalares e de manutenção por sonegação fiscal. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas sedes dos empreendimentos nos bairros Milho Branco, Benfica e Nossa Senhora Aparecida, além de residências de supostos "laranjas", no Barreira do Triunfo, Boa Vista e Nossa Senhora Aparecida. O grupo criminoso formado por uma família, parentes e funcionários em Juiz de Fora já atuava no ramo há 27 anos, e até o momento, as autuações somam o valor de R$ 4 milhões.

Além da sonegação, também foram apontados possíveis envolvimentos destas empresas em licitações municipais, que serão analisado pela Promotoria de Saúde. A delegada Fiscal de Trânsito, Rosária Maria Silveira, explica que foram recolhidos documentos lacrados e dados em computadores, que ainda estão sendo recolhidos. "Através de denúncia anônima, a Receita Estadual iniciou investigação a fundo há dois anos sobre estas empresas, mas antes disso eles já tinham recebido várias autuações por irregularidades."

Conforme o promotor de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária, Carlos Ari Brasil, as empresas eram abertas em nomes de "laranjas" com objetivo de descaracterizar uma unicidade empresarial, tonando-se uma rede informal. Estas empresas se apresentavam como se fossem autônomas, se cadastrando no Simples Nacional, mas, na verdade, pertencem a um só grupo só. "Com isso, elas conseguem mascarar o faturamento global e pagar menos ICMS. Apesar das autuações somarem já um valor expressivo de R$ 4 milhões, a análise geral deve apontar um valor muito acima."

Segundo apuração preliminar, este grupo é composto por uma família de Juiz de Fora que tem parentes, empregados e ex-empregados que colaboram com o grupo na execução destes crimes. "Ainda há muita coisa para ser comprovar e confirmar o teor da denúncia".

A delegada da Polícia Civil, Ângela Fellet, conta que esteve em conjunto com os trabalhos da Receita Estadual para o cumprimentos dos mandados de busca e apreensão 12 policiai e três viaturas fiscalizando se havia algum produto ilícito, como armas e drogas. "Foram encontrados medicamentos e produtos hospitalares em desacordo com o que a Anvisa prevê. A Vigilância Sanitária Municipal esteve no local, recolheu os produtos, vai nos dar um laudo técnico e dependendo de como for avaliado, será instaurado inquérito policial para a apuração".

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