Contrato para demolição do Castelo da Borracha será assinado

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Segunda-feira, 5 de dezembro de 2011, atualizada às 19h33

Contrato para demolição do prédio do Castelo da Borracha será assinado nesta terça-feira

Aline Furtado
Repórter

A reunião em que deverá ser assinado o contrato para demolição do prédio do Castelo da Borracha será realizada nesta terça-feira, 6 de dezembro. O anúncio foi feito pela secretária de Atividades Urbanas (SAU), Sueli Reis, durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF).

Segundo a titular da pasta, representantes da empresa seguradora, de Campinas (SP), chegariam à cidade nesta segunda-feira, para encontro, na terça, com a advogada da família proprietária do imóvel atingido pelo incêndio iniciado na loja Tetê Festas no dia 24 de outubro.

"O processo está sendo feito de forma clara, tanto que o laudo foi repassado a uma empresa especializada na avaliação de riscos, que validou o documento antes da assinatura do contrato." A intenção é, de acordo com a secretária, poder realizar a demolição o mais breve possível. "Após o contrato firmado, aguardaremos apenas a vinda do maquinário que será usado na ação. Precisamos correr contra o tempo devido ao risco aos moradores, aos lojistas e aos pedestres que passam pelo local." A demolição custará ao proprietário R$ 1,4 milhão. Além da demolição do prédio que abrigava o Castelo da Borracha, está prevista a derrubada do edifício do Hotel Nacional.

Necessidade de plano integrado contra sinistro

Durante a audiência pública, proposta pelo vereador Flavio Cheker (PT), foi apontada a necessidade de definição de um plano integrado de combate e prevenção de sinistros. "Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que obriga a todos os municípios com porte como o de Juiz de Fora a criar um plano contra sinistros, podendo o prefeito que não o fizer ser responsabilizado por improbidade administrativa. Juiz de Fora precisa de ações coordenadas e objetivas, tendo em vista o incêndio ocorrido há quase dois meses na região central", aponta Cheker.

Outra questão discutida durante a audiência diz respeito ao número de hidrantes na cidade, assim como o funcionamento, que foi apontado como deficiente na época do incêndio. "Não tivemos problema como falta de água, como já foi citado, nem com relação à distância dos hidrantes do local do sinistro", destaca o major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Guimarães. Contudo, ele afirma que há um projeto para aumentar o número de hidrantes na cidade.

O major destaca o empenho do efetivo na data do incêndio. "O tempo de deslocamento foi de dois minutos. Contamos com reforço de outros postos, assim como apoio de empresas, instituições de ensino, do poder público municipal e da Polícia Militar (PM), por meio de um Plano de Auxílio Múltiplo. Foram utilizadas 16 viaturas dos Bombeiros e dois milhões de litros de água em seis horas e meia de combate às chamas." Além disso, Guimarães lembra que bombeiros estiveram no local por 54 vezes após o incêndio, a fim de realizarem os trabalhos de rescaldo.

O militar afirma que a área central da cidade conta com várias edificações sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). "Por isso, estaremos, em breve, enviando cartas que orientam sobre a necessidade de adequação do sistema de prevenção desses imóveis." O vereador José Sóter Figueirôa (PMDB) defende a realização de ações pedagógicas preventivas, com distribuição de cartilhas e realização de palestras.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken