Aproximadamente R$ 160 mil, além de joias e sete veículos foram apreendidos durante operação realizada neste sábado, 6 de março, pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na ação, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, cinco de prisão, além de duas prisões em Juiz de Fora.  

Segundo a assessoria da PC, "foram três meses de investigação e o objetivo da operação foi desarticular a organização responsável pelo fornecimento de drogas para a cidade do Rio de Janeiro. Entre os veículos apreendidos, avaliados em aproximadamente R$ 395 mil, a investigação aponta que, além de terem sido adquiridos com dinheiro do tráfico de drogas, eram utilizados nas práticas criminosas. Para a PCMG, o grupo criminoso seria responsável por tráfico de drogas, associação para fins de tráfico, clonagem de veículos, lavagem de dinheiro, porte e posse de arma de fogo.

Investigação

As investigações tiveram início em 30 de novembro de 2020, quando foram apreendidos aproximadamente 28 quilos de pasta base de cocaína e dois quilos de Skank em um compartimento no painel de um veículo, abordado na rodovia BR-040. A partir dessa apreensão, a PCMG e a PRF trocaram informações e aprofundaram nos trabalhos, identificando os integrantes da organização criminosa. Durante as investigações, as polícias realizaram outras apreensões, entre elas: munições, duas armas de fogo, aproximadamente R$ 80 mil, dois veículos e documentos com a contabilidade do tráfico.

Conforme o delegado Rogério Woyame, responsável pelos trabalhos investigativos, a atuação do grupo não seria apenas em Juiz de Fora, mas também no Rio de Janeiro. “Nas anotações de tráfico apreendidas, há diversos elementos que comprovam que a organização criminosa fornecia entorpecentes para o aglomerado Nova Holanda, no Rio de Janeiro”, frisou Rogério. Para ele, as cifras apreendidas em espécie demonstram o poderio econômico do grupo. “Somente em dinheiro, durante as investigações, foram apreendidos aproximadamente R$ 240 mil, e as anotações de tráfico demonstram que o grupo fazia contabilidade semanal da movimentação criminosa, sempre com cifras altas”, ressaltou.

A polícia identificou, ainda, que além das movimentações de dinheiro em espécie, veículos eram utilizados para negociar drogas. “Identificamos diversas transações envolvendo os investigados, em que veículos de alto valor aquisitivo são transferidos para regiões fronteiriças como pagamento de fornecedores. Outros veículos são recebidos de ‘clientes’ como pagamento e registrados em nome de laranjas”, afirmou o delegado. Rogério aponta que "o saldo final da investigação foi a apreensão de aproximadamente R$ 810 mil, entre dinheiro e bens, além de drogas e armas de fogo", concluiu.


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