Diversidade ? a tem?tica de (Re)significando o outro Organizado por Carlos Alberto e Luciana Marques, livro re?ne sete autores que escrevem sobre as diferen?as humanas
*Colabora??o
08/12/2008
"N?s (re)significamos todo o nosso trabalho, as disciplinas e registramos esse
momento de quebra de paradigmas no livro."
Assim, um dos organizadores de (Re)significando
o outro, o professor doutor em Comunica??o e Cultura Carlos Alberto Marques,
justifica a obra.
Segundo Marques, os sete textos que comp?em os sete cap?tulos do livro s?o resultado de trabalhos j? desenvolvidos por alunos e professores de mestrado da Faculdade de Educa??o da UFJF (Faced/UFJF), ligados ao N?cleo de Estudos e Pesquisa em Educa??o e Diversidade (Neped), por ele coordenado.
"Diante do movimento planet?rio de discuss?o da diversidade, o N?cleo, que antes
tinha como foco a educa??o especial, passou a pensar e a discutir essa diversidade
humana. Percebemos que algumas vozes eram sempre sufocadas. ? o caso dos homossexuais,
dos deficientes, dos negros e muitos outros grupos"
, explica.
Diante dessa constata??o, a professora Luciana Pacheco Marques decidiu que era hora de reunir os projetos j? desenvolvidos sobre essa tem?tica em um livro. "Luciana
achou que o momento era prop?cio, conversamos com as pessoas e cada um fez um cap?tulo"
,
conta.
O processo
Tudo decidido, era hora de escrever os textos. Marques e Luciana acompanharam de perto essa produ??o. Eles se reuniam com os autores, sugeriam mudan?as no texto, ouviam, decidiam juntos. O resultado de mais ou menos dois anos de conversa pode ser visto nas 142 p?ginas que comp?em (Re)Significando o outro.
Tendo o outro como pano de fundo, os sete cap?tulos tratam de segmentos espec?ficos
que n?o foram pr?-estabelecidos pelos organizadores. Ao contr?rio, segundo Marques,
o objetivo era justamente valorizar o que estava sendo feito. "Quer?amos aproveitar
e respeitar o que as pessoas estavam trabalhando naquela ?poca"
, afirma.
Textos escritos, vistos e revistos, era hora de imprimir e colocar o livro ? venda.
E a?, como disse o professor, "come?ou uma outra novela"
. Para valorizar
e dar destaque ao que a
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) tem a oferecer, a id?ia era que o livro fosse editado pela institui??o.
Quando as conversas j? estavam em um est?gio avan?ado em rela??o a isso, ocorreu a troca de gest?o na UFJF e tudo teve que ser recome?ado. "A pessoa com a qual
j? est?vamos conversando, saiu, e tivemos que renegociar, al?m de conseguir recursos para agilizar o processo de confec??o do livro, porque ?quela ?poca, a UFJF
estava com car?ncia de recursos"
, conta.
Os recursos que sobravam dos projetos da Faced foram sendo juntados pouco a pouco para bancar as despesas do livro. Nesse per?odo, Luciana se reunia com o grupo de co-autores para tomar todas as decis?es e levar as propostas deles para a editora. Enquanto isso, os demais representantes do livro ajudavam fazendo os primeiros contatos e as liga?es.
"As negocia?es ficaram todas por conta da Luciana. Nesse aspecto, o m?rito ? todo dela, ela foi a nossa interlocutora"
, declara. Essa foi, segundo Marques, a fase mais dif?cil em todo o processo de confec??o do livro. "Foi muito trabalhoso e serviu como um aprendizado, porque s?o conversas que n?o fazem parte do nosso dia-a-dia. Conversar sobre os textos, ouvir, sugerir, refletir junto, a isso estamos acostumados, mas negociar era uma novidade"
, comenta.
Os objetivos
Marques arredonda para quatro o n?mero de anos que o livro levou para ficar pronto. Desde a concep??o da id?ia por Luciana, considerando a parte de produ??o de textos pelos co-autores, at? as negocia?es. Mas todo o esfor?o valeu a pena.
(Re)significando o outro representa uma possibilidade de as pessoas pararem
para pensar um pouco no outro, em como elas lidam com as diferen?as. "O mais
importante de tudo ? que as pessoas percebam de alguma forma - e esse n?o ? um movimento
externo, cada um vai perceber em algum momento - que estamos vivendo um momento
de (re)significa??o de valores"
, diz o organizador.
Para Marques, ? importante olhar o outro com mais respeito, parar de valorizar as pessoas pelos modelos pr?-estabelecidos de est?tica e aceitar que o que antes era alijado, hoje ? reconhecido e valorizado.
"? preciso refletir porque a vida ? isso, ? tudo. A gente ? que tenta homogeneizar
tudo e acaba afastando o que foge a esses padr?es. O livro vem ajudar nessa reflex?o
e se as pessoas entenderem isso, o trabalho vai estar justificado."
O lan?amento de (Re)Significando o outro acontece nesta quarta, 10 de dezembro, ?s 19 h no Museu de Arte Moderna Murilo Mendes(MAMM), que fica ? rua Benjamin Constant, 790. Centro.
*Marinella Souza ? estudante de Comunica??o Social na UFJF
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