Terça-feira 4 de agosto de 2009, atualizada às 19h

Quitanda Cultural leva arte para comunidades carentes

Maressa Coelho
*Colaboração

Reunir fotografia, artes plásticas, música, artesanato, literatura em um só ambiente é a proposta da Quitanda Cultural, que é realizada há um ano e meio com o apoio da Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A ideia inicial era constituir um espaço de coexistência artística. Hoje, com o apoio do Ministério da Cultura, apresenta também um perfil de contribuição social através da difusão da arte.

Com o desenvolvimento do projeto Comunicação e Educação Geracional, a Quitanda Cultural se expandiu para os bairros. No Dom Bosco e São Pedro, por exemplo, foram selecionados 31 adolescentes para serem bolsistas da Casa de Cultura. Eles desenvolvem trabalhos na área de comunicação, cultura e expressão. A Quitanda, que está vinculada ao projeto, funciona como um suporte, um lugar onde há interatividade e valorização dos trabalhos desenvolvidos pelos jovens.

Foto da quitanda cultural Foto da quitanda cultural

Um dos objetivos da Quitanda Cultural é a busca pela ampliação do acesso à cultura. Segundo a produtora do evento, Cibele Lopes, as comunidades já visitadas demonstram um grande interesse pelas exposições, oficinas e atrações musicais. “As pessoas pedem para copiar as poesias, participam das oficinas e se envolvem com as atividades durante o evento. Isso mostra a desmistificação da arte”, afirma.

Além da abertura da multiplicidade cultural na periferia, o evento proporciona uma interação entre bairros que apresentam rivalidades, como o São Pedro e Dom Bosco. “A Quitanda serviu para unir os dois bairros, somos do Dom Bosco e fomos bem recebidos para tocar na Quitanda do São Pedro”, conta o adolescente Marcílio Batista, integrante do grupo ReggaeBem. O evento na Casa de Cultura ocorre toda segunda quinta-feira do mês e a edição nos bairros é quinzenal, com entrada gratuita.

ReggaeBem

Na tentativa de baixar o índice de criminalidade existente no bairro Dom Bosco, a Polícia Militar (PM) em parceria com a Associação dos Amigos do Noivo (Aban), desenvolveu o projeto ReggaeBem. Adolescentes de 13 a 18 anos, considerada faixa etária de risco na comunidade, recebem aulas de música e apoio escolar, com a finalidade de serem afastados do crime e das drogas.

* Maressa dos Reis Coelho é estudante do 7º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Madalena Fernandes


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