Audiência sobre uniformes em escolas municipais tem pouco público

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Audi?ncia sobre uniformes em escolas municipais tem pouco p?blico
Quarta-feira, 23 de maio de 2012, atualizada às 18h34

Audiência sobre uso de uniformes em escolas municipais de JF gera pouco interesse

Jorge Júnior
Repórter

A obrigatoriedade do uso de uniformes em todas as escolas do município de Juiz de Fora foi tema da audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira, 23 de maio, na Câmara. No entanto, no debate, requerido pelo vereador José Tarcísio Furtado (PTC), só havia estudantes de uma turma de ensino médio de uma escola particular da cidade, não tendo a participação de estudantes da rede pública, alvo do encontro.

Além disso, no início da reunião, apenas três vereadores, além do proponente estavam presentes: Antônio Martins (PP), Isauro Calais (PMN) e Julio Gasparete (PMDB). No decorrer da reunião, os vereadores Flávio Cheker (PT), José Emanuel (PSC), José Soter de Figueirôa Neto (PMDB) e Noraldino Júnior (PSC) também compareceram ao plenário.

Segundo Furtado, antigamente os estudantes tinham orgulho em vestir a camisa de uniforme, mas, atualmente, essa tradição mudou. "Com o passar do tempo, o estímulo desapareceu. Minha intenção é que o uniforme volte a ser exigido na rede pública." Ainda em defesa do tema, Furtado afirma que "é obrigação do Governo arcar com a saúde e a educação de qualidade." Segundo ele, as vantagens no uso da roupa são: economia e igualdade. "Os alunos não precisarão ficar preocupados com que roupa usar, além disso, todos estarão vestidos do mesmo jeito, o que acaba com a diferença dentro do ambiente escolar."

Outro ponto levantado pelo proponente da discussão foi a questão da identificação do aluno. De acordo com Furtado, a obrigatoriedade irá facilitar o reconhecimento do estudante caso aconteça alguma coisa com ele fora do colégio e, também para que ele não mate a aula. "O aluno passará a ter orgulho de usar o uniforme. Quem não gosta de usar o uniforme da Seleção Brasileira?", compara. O legislador também acredita que o uso do uniforme "ajuda a combater o tráfico de drogas."

O único juiz-forano inscrito para usar a palavra, o morador do bairro Santa Paula, Sebastião de Moura Filho, também defendeu o uso do uniforme. "A roupa completa a civilidade e a educação. Os jovens têm que se acostumar a se trajar de forma correta, pois no futuro essa postura é exigida", diz.

A secretária de Educação do município, Eleuza Barbosa, também afirma que o uso de uniforme é algo essencial dentro de uma instituição. "Promove a igualdade, protege e distingue os alunos, além de permitir a organização dentro das escolas." Segundo Eleuza, nas escolas municipais, os professores cobram o uniforme dos alunos e dos pais. A secretária destaca que caso seja obrigatório, o município terá que fazer a distribuição gratuita das peças, que terão modelo único.

Os textos são revisados por Mariana Benicá