Aniversário de JF é marcado por lançamento do cadastro cultural e ações digitais
No próximo domingo, 31 de maio, Juiz de Fora completa 170 anos. Devido ao isolamento imposto pela pandemia de covid-19, a data não será comemorada com eventos que promovam aglomerações. No entanto, algumas ações digitais serão realizadas e/ou apoiadas pela Prefeitura, por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), para homenagear a cidade em seu aniversário. Um dos destaques é o lançamento do “Cadastro Municipal de Cultura – Juiz de Fora”, que reunirá dados de todos os agentes culturais com atuação na cidade. A coleta de informações acontecerá por meio digital, na plataforma Google Forms, a partir deste fim de semana.
A Funalfa organizou também conteúdos informativos, artísticos e de entretenimento, focados nos 170 anos do Município. Confira a programação completa em anexo.
Cadastro
O “Cadastro Municipal de Cultura - Juiz de Fora” é uma ferramenta estudada já há algum tempo pela Funalfa e pelo Conselho Municipal de Cultura (Concult). O banco de dados vai subsidiar políticas públicas e movimentos culturais no presente e no futuro: “Uma das razões que nos levaram a acelerar o processo de criação do cadastro é o Projeto de Lei 1.075, com relatoria da deputada federal Jandira Feghali, que reúne várias propostas de parlamentares ligados à cultura”, explicou o diretor-geral da Funalfa, Zezinho Mancini.
Popularmente conhecido como “Lei de Emergência Cultural”, o projeto foi aprovado pela Câmara Federal, segue agora para avaliação do Senado e, em seguida, será encaminhado para sanção ou veto presidencial. “Dentre as funções previstas nessa nova legislação, está criar auxílio emergencial para trabalhadores da cultura, sendo que um dos pré-requisitos para solicitar esse benefício é estar em um cadastro de cultura: municipal, estadual ou federal”.
Portanto, além de funcionar como espelho da produção cultural de Juiz de Fora, reunindo informações com uso mais duradouro, o cadastro se adapta às necessidades emergenciais. A Funalfa propôs duas séries adicionais de perguntas. Na primeira, a ideia é mapear quem seriam os trabalhadores da cultura de Juiz de Fora aptos a receber o auxílio proposto pela ‘Lei de Emergência Cultural’. A Fundação está se antecipando, considerando os critérios preconizados no projeto em tramitação. "Caso não seja possível fazer dessa forma, buscaremos outros mecanismos para beneficiar nossos agentes culturais”, esclareceu o diretor-geral da Funalfa.
A outra bateria de perguntas diz respeito aos impactos da covid-19 na produção cultural da cidade. E é em cima dessa proposta que Mancini afirmou: “A gente quer saber sobre eventos cancelados, quantas pessoas perderam o emprego, entender o prejuízo. A partir dos números levantados, temos que vislumbrar caminhos mais eficientes para reerguer o sistema local de cultura. A ideia é elaborar melhores planos para ajudar a classe artística, tanto nesse momento de maior urgência quanto na volta das atividades. Que políticas públicas e movimentos culturais podem alavancar a retomada da produção cultural de Juiz de Fora? É o que estamos questionando”.
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