Assist?ncia Social e Assistencialismo Entenda a diferen?a entre essas duas a?es,
ainda muito confundidas pelo senso comum

Fernanda Leonel
Rep?rter
01/09/2006

Muito e muitos falam de assist?ncia social. Essa express?o, como a pr?pria coordenadora da seccional Juiz de Fora do Conselho Regional de Servi?o Social de Minas Gerais (CRESS), Cris do Vale (foto abaixo) afirma, ainda ? motivo de muita confus?o no que diz respeito ao seu verdadeiro significado.

Ao contr?rio do que o senso comum difunde, a palavra assist?ncia social n?o se resume a id?ia de ajuda ou benesse.

A assist?ncia social, foi regulamentada em lei no ano de 1993. A partir dessa data, ficou institu?do que todos possuem o direito ao benef?cio. Ou seja, ela ? uma pol?tica p?blica de aten??o e defesa dos direitos. E s?o v?rias as ?reas que podem trabalhar com a sua garantia: desde psic?logas, enfermeiras, at? assistentes sociais e comunicadores.

A assist?ncia, ent?o, entendida dessa forma, extrapola o sentido do assistencialismo, da doa??o de algo ou presta??o de servi?o a algu?m. Como explica Cris, ela ? destinada ? popula??o mais vulner?vel, com o objetivo de superar exclus?es sociais, defender e vigiar os direitos da cidadania e da dignidade humana. E n?o pode ser entendida como uma ajuda, que ? o princ?pio fundamental do assistencialismo e voluntariado.

Quem pratica o voluntariado, que tem bases no assistencialismo, atende algu?m que est? necessitado. Para a coordenadora da seccional do CRESS em Juiz de Fora, as atividades de uma assistente social, por exemplo, que tem como ?rea de interven??o a assist?ncia social, mais que atender, formula pol?ticas e programas, analisa dados, coordena programas e planeja atos futuros com os dados que lhe est?o a m?o.

Um exemplo pr?tico criado por Cris do Vale para exemplificar a diferen?a de assistencialismo e assist?ncia social: um ex-morador de rua arruma um emprego. Pelo que se imagina, apesar de ter sa?do da rua e estar de vida nova, ? poss?vel que ele continue a gastar seus primeiros sal?rios como se estivesse morando na rua, visto que ainda um trabalho de reeduca??o ainda n?o foi implementado nele. Imaginemos que ele caia e quebre os dentes.

Praticar assit?ncia social, nesse caso, ? analisar e trabalhar sua mudan?a, agindo com ele de forma a ajudar que ele, sozinho, encontre suas sa?das e controle o seu dinheiro para arrumar seus dentes por ele mesmo. Praticar assistencialismo ? dar um novo tratamento dentr?rio pra ele, o que para Cris, n?o vai ajud?-lo a mudar, a refletir sobre suas a?es.

Para Cris do Vale, essa confus?o ainda existe porque a assist?ncia social teve suas primeiras pegadas no assistencialismo. "Primeiro vieram as a?es, para depois vir a regulamenta??o", complementa.

Para a cordenadora da Seccional de Juiz de Fora a vantagem da assist?ncia social ter se transformado em um direito, em 1993, est? no fato de que os governantes agora possuem obriga??o, compromisso com as pessoas que n?o s?o absorvidas pelos empregos ofertados, por exemplo.

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