A dor que evoluiu para o bem Jane Moys?s perdeu o filho com apenas 17 anos e uniu for?as para praticar o bem
Colabora??o*
11/10/2007
H? 13 anos Jane Berlose Moys?s perdeu seu filho, ent?o com 17 anos, v?tima de c?ncer. Na sua dor, Jane encontrou uma miss?o: aliviar a dor de crian?as que sofriam do mesmo mal que seu filho. Hoje, ela comanda uma institui??o sem fins lucrativos que carrega o nome do menino e faz cumprir o objetivo de sua fundadora, que ? oferecer um tratamento digno e a chance de cura para as centenas de crian?as e adolescentes que assiste.
Antes de ter passado por essa experi?ncia dolorosa, a volunt?ria era professora
de crian?as e conta que o trabalho volunt?rio mudou sua vida. "Quando voc? passa por uma situa??o dessas, ? inevit?vel que se fa?a uma reforma ?ntima. Mudam-se os valores, a rela??o com a vida, tudo muda
". Para ela, cuidar das crian?as ? como
cuidar do seu filho e essa ? sua maior alegria.
Muitas pessoas acharam que seu ?mpeto solid?rio seria coisa passageira, que era
uma decis?o emocionada, sem bases s?lidas, mas hoje, rendem-se ao sucesso dessa miss?o que, como acredita o pequeno Gustavo Lima (foto abaixo), de apenas 7 anos,
"merece um pr?mio"
. Gustavo adora passear com a 'tia' Jane e sua m?e,
In?s Lima Souza, concorda com o garoto. "A Jane ? uma pessoa maravilhosa, muito dedicada e tem um cora??o enorme. N?o sei o que seria da gente sem ela"
, derrete-se.
Um aprendizado di?rio
Jane passa o dia todo em contato com suas crian?as e garante que ? um aprendizado di?rio."Essas crian?as me ensinaram a n?o reclamar da vida, a valorizar o momento". Al?m de uma nova postura diante da vida, Jane garante que cada dia ? uma emo??o diferente.
"Eles s? querem duas coisas na vida: carinho e sobreviver. Se voc? lhes d? esse carinho e cria meios para que tentem sobreviver, a resposta n?o ? outra sen?o amor e gratid?o".
As crian?as que ficam aos cuidado de Jane Moys?s confirmam sua tese. O menino Gustavo, apesar da pouca idade e das pouqu?ssimas palavras, traz nos olhos e na forma como a trata a marca do sentimento que tem por sua benfeitora: gratid?o, carinho e amizade.
Engana-se quem pensa que o trabalho volunt?rio ? feito apenas de recompensas. Jane garante que "? preciso matar um le?o por dia, porque ainda h? muito preconceito em rela??o ao trabalho volunt?rio por parte dos homens"
.
Para Jane, ser volunt?rio ? um ato de amor e, dessa forma, ? preciso que seja pleno. "Quando me dispus a fazer esse trabalho, me comprometi a dar o melhor de mim. E assim fa?o"
. Segundo ela, o voluntariado faz com que a vida adquira um significado maior e obriga a pessoa a tomar consci?ncia de que "n?s n?o somos donos de nada, somos apenas um fiel deposit?rio".
Quando lhe ? pedido que resuma o trabalho volunt?rio em uma s? palavra, Jane Moys?s n?o pensa duas vezes: "desprendimento"
, ? a sua resposta. E vai al?m. "Ser volunt?rio ? um ato de amor, uma doa??o total"
.
*Marinella Souza ? estudante de Comunica??o Social da UFJF
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