Renato Lopes realiza trabalho volunt?rio h? 20 anos Fundador da Aban, ele acredita que para ser volunt?rio ? preciso ter desejo de ajudar, possibilidade para assumir compromissos e abertura para a capacita??o
Rep?rter
17/03/2009
O f?sico Renato Lopes tinha como projeto trabalhar com f?sica at?mica. Prestes a viajar
para Alemanha a fim de investir na carreira profissional, desistiu do prop?sito. "Comecei a refletir sobre a vida e percebi
que faltava algo. Havia um vazio dentro de mim."
Para preencher o espa?o, ele passou a fazer trabalhos sociais.
Da l? para c?, j? s?o 20 anos dedicados ao trabalho volunt?rio.
Em 1997, fundou a Associa??o dos Amigos do Noivo (Aban). A entidade foi criada a partir das reuni?es das quais
Lopes participava junto ? igreja em bairros carentes da cidade. "A ideia era trabalhar com a educa??o
da comunidade, discutir temas da realidade dos moradores e levantar as demandas. Era um reclamando que a casa estava caindo, outro que tinha ficado desempregado, enfim, os problemas eram diversos e era uma ilus?o achar que conseguiria dar uma resposta para eles. Ent?o, tentei provoc?-los, mostrando que al?m de identificar os fatos e pontu?-los, deveriam tamb?m se sentir respons?veis pelos
problemas."
Da provoca??o surgiu a proposta de capacitar a comunidade e, consequentemente, a Aban. Hoje, a Associa??o conta com 170 volunt?rios, com cinco filiais em Juiz de Fora e mais de 50 projetos sociais. H? iniciativas para manter atividades educacionais para as crian?as, recuperar viciados em drogas, acolher mulheres desempregadas e portadores de c?ncer, dentre outros. No total, cerca de 900 pessoas s?o atendidas pela Aban.
O volunt?rio conta que a entidade inicia um novo projeto,
o Educativo de Viol?ncia de G?nero, em parceria com o judici?rio e o Governo do Estado. "V?timas e agressores que s?o encaminhados
para a entidade como medida protetiva passam quatro meses participando de reuni?es, com o objetivo de quebrar o ciclo da viol?ncia
e conscientizar o agressor e a v?tima"
, explica.
Lopes revela o que o move a realizar trabalhos volunt?rios. "Primeiro ? a consci?ncia de ser cidad?o, que leva a
me comprometer com o outro, e a de ser crist?o, independente de religi?o. S?o duas ra?zes da motiva??o de viver o lado social."
Ele concilia o trabalho volunt?rio com o profissional. ? consultor de empresas das 5h ?s 12h. A partir das 13h, ele se dedica ?s responsabilidades sociais. A rotina de volunt?rio fez com que o presidente da Aban abrisse m?o de determinadas ofertas de empregos.
A fam?lia, hoje, tamb?m est? envolvida com a Aban. "A vontade de ajudar o outro vem de ber?o. A cria??o desperta para a sensibilidade social."
Para elaborar propostas s?lidas a fim de auxiliar o outro sem se envolver, Lopes se capacitou. Fez um MBA em gest?o de pessoas e p?s-gradua??o em psicologia e outra em filosofia. "N?o quero s? dar uma ajudinha. Quero poder apresentar propostas concretas
de interven?es sociais."
Seu objetivo ? fazer a sua parte na luta por um mundo mais justo. "Estou colocando apenas um tijolo
nesta constru??o."
O presidente da Aban afirma que n?o se arrepende de ter feito a op??o pelo trabalho volunt?rio em detrimento da carreira de f?sico.
"O social cumpre um papel fundamental na minha vida."
Segundo ele, a gratifica??o pelo que realiza vem da certeza de que
desenvolveu uma boa tarefa e da possibilidade de conhecer e lidar com pessoas boas.
Perfil de um volunt?rio
Lopes diz que para ser um volunt?rio ? preciso ter o desejo de ajudar, ter possibilidade para assumir compromissos e estar aberto
para a capacita??o. "O trabalho volunt?rio n?o ? o hobby que a pessoa faz o dia que quer, ? compromisso. ? tamb?m terap?utico,
pois se trata de um momento em que se reserva para distrair e fazer o bem."
Para ser volunt?rio da Aban, o interessado pode ligar para o telefone (32) 3232-1756 e marcar a entrevista com o departamento de Recursos Humanos. "A entrevista ? para levantar o perfil, o gosto e hor?rio dispon?vel".
O setor vai sugerir os projetos
em que a pessoa se encaixa e dar a op??o para ela escolher em qual vai se dedicar. Durante quatro meses a pessoa faz um est?gio e se o resultado
for positivo, ela entra oficialmente para a entidade. Caso n?o seja, vamos buscar remanej?-la para outro projeto."
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