Audi?ncia p?blica sobre eventos GLBT em JF
Popula??o debate sobre quest?es de religiosidade, op??o sexual,
legisla??o e inclus?o social
Rep?rter
17/10/2007
A audi?ncia p?blica para discutir a inclus?o da Semana da Cidadania e do Orgulho GLBT no calend?rio oficial da cidade reuniu centenas de pessoas no plen?rio da C?mara Municipal de Juiz de Fora, nesta quarta-feira, dia 17 de outubro.
O vereador Paulo Rog?rio (foto abaixo, ? direita), que prop?s o debate, abriu a sess?o defendendo a cidadania. Segundo o vereador, essa discuss?o ? necess?ria. "Se isto n?o acontecer, a cidade nunca vai estar preparada para a quest?o homossexual.
O papel principal da audi?ncia ? o fato de o tema n?o ficar restrito, pois ele se espalha pela cidade e pelo Brasil. Estamos discutindo direitos humanos e inclus?o social.
Sou cat?lico e o fanatismo religioso ? perigoso"
.
O Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Eurico dos Santos Veloso (foto abaixo, ? esquerda), diz que a Prefeitura n?o precisa assumir a passeata, pois isso nunca aconteceu com aquelas promovidas pela Igreja Cat?lica.
"A Prefeitura nunca forneceu dinheiro para que possamos fazer nossas passeatas.
O que est? por tr?s n?o ? a quest?o dos gays e sim, o consumismo dos R$ 7 milh?es que ca?ram nas m?quinas registradoras do com?rcio. A passeata ? um direito dos gays
e a Igreja defende, mas n?o os desmandos morais que acontecem durante a passeata"
,
disse Dom Eurico.
A audi?ncia p?blica foi marcada ap?s manifesta??o do Conselho dos Pastores de Juiz de Fora (Conpas) na sess?o de Tribuna Livre da C?mara no dia 18 de setembro. Eles se colocaram contr?rios ? inclus?o das festas no calend?rio da cidade. O presidente do Conpas, Alo?zio Penido, diz que n?o se op?e ?s pessoas, mas ao procedimento delas.
"? uma op??o de cada um e cada pessoa tem o direito de escolher o que quer. Por?m, a pr?tica homossexual ? condenada pela B?blia e, como crist?os, tamb?m condenamos.
A inclus?o das festividades gay no calend?rio n?o vai contribuir em nada para a
constru??o de uma sociedade e de uma fam?lia. Representamos 20% da popula??o de JF e nos opomos ? quest?o"
, diz Alo?zio.
Oswaldo Braga (foto acima, ao centro), da Associa??o Brasileira de Gays (Abragay), ressalta a import?ncia
de incluir as festividades no calend?rio oficial da cidade (veja o v?deo). "O que queremos ? a inclus?o e a equipara??o da garantia de direitos. Incluir os eventos ? o reconhecimento desta parte significativa da popula??o. N?o queremos privil?gios e nem tirar o direito dos outros"
, explica.
O que a popula??o diz
Michel Brucce (foto abaixo, ? direita) coloca que a responsabilidade ? legislativa e n?o religiosa. "Sou gay e respeito todas as religi?es. Dou a minha vida para ser o que sou e para que voc?s sejam o que s?o. A cidade ganhou R$ 7 milh?es com a parada e acho que deve fazer parte do calend?rio"
.
Maria de F?tima ? pedagoga e diz que a religi?o cada um tem no cora??o.
"N?o freq?ento a Igreja, mas respeito e defendo as pessoas que trabalham e que s?o dignas. Se eu tivesse um filho gay queria que ele fosse trabalhador e n?o
traficante, corrupto ou bandido. A cidade tem problemas mais s?rios para serem resolvidos"
.
Marcos Jacometti (foto acima, ? esquerda) coloca que "a discuss?o s? endossa o que est?
na constitui??o: todos s?o iguais. Sou cat?lico, n?o sou gay e questiono: onde est? escrito que tenho que me casar com uma mulher?"
.
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