Quinta-feira, 18 de março de 2010, atualizada às 13h

Projeto da Casa de Cultura Evailton Vilela é aprovado pelo Unicef

Pablo Cordeiro
*Colaboração

O projeto Museu da Memória da Pessoa Comum, elaborado pela Casa de Cultura Evailton Vilela, foi aprovado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para concorrer a um recurso destinado a sua realização. O projeto é semifinalista e obteve destaque sob outros 210 de médio porte de Minas Gerais. Entretanto, para que a casa seja afiliada ao Criança Esperança, é preciso que tenha uma sede própria. Segundo o presidente da entidade, Jefferson da Silva Januário, o Negro Bússola, é preciso apoio para construir uma nova sede.

Negro Bússola conta que há poucos dias eles receberam a ordem de despejo da atual sede e estão promovendo ações para angariar o valor de R$ 80 mil. "Temos um call center funcionando em prol dessa arrecadação. Estamos também negociando com a Prefeitura de Juiz de Fora um terreno que servirá de sede e de anexo para o Museu da Memória", explica.

O presidente da casa explica que o projeto Museu da Memória da Pessoa Comum tem a principal função de reunir a identidade material e imaterial da pessoa comum na comunidade. "Fotografias, histórias e arquivos audiovisuais serão documentados nas oficinas criadas pelo projeto. Grafiteiros, artistas anônimos e pessoas comuns não mais passarão despercebidas e terão um legado. Nossa ideia é substituir o crack pela interação. É importante tirar as pessoas do controle das drogas.” A intenção é abrir o projeto também para outras regiões da Zona da Mata. O acervo será catalogado de forma virtual e física. Caso seja selecionado, este será o primeiro projeto da Zona da Mata a ser contemplado pelo Unicef.

Casa de Cultura Evailton Vilela

A Casa de Cultura Evailton Vilela atende a cerca de 600 pessoas, com idades que variam de 4 anos até a terceira idade, vindas de diversos bairros da cidade. O espaço oferece oficinas de hip hop (grafite e break), ballet, dança de salão, street dance, canto, violão, artesanato, capoeira, karatê, informática, alfabetização, pré-vestibular (em parceria com a PJF), línguas (inglês e espanhol) e culinária. A maioria dos instrutores trabalha de forma voluntária. O espaço, que fica na rua Bady Geara, 999, bairro Santa Efigênia, funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h, e aos sábados das 9h às 18h. O telefone disponível para o apoio é (32) 3213-2800.

*Pablo Cordeiro é estudante do 10º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Madalena Fernandes