Pais estão mais presentes durante a gestação e na criação dos filhos

Especialista aponta que, para a mulher, a gestação é algo concreto, físico. Já para os homens, é algo mais virtual

Andréa Moreira
Repórter
10/8/2012
Pai e filho

No próximo domingo, 12 de agosto, será celebrado o Dia dos Pais. Uma data que pode ser, para alguns, de puro apelo material, mas que comove muitos pais, principalmente para aqueles que irão comemorar a data pela primeira vez.

Este é o caso do professor de arquitetura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernando Tadeu de Araújo Lima. "Estou muito ansioso para celebrar, já que a minha pequena Manuela tem apenas dez meses e domingo será a primeira vez que irei comemorar esta data como pai."

O comerciante Mário Vieira Marques já comemorou o Dia dos Pais por dois anos, mas, ainda assim, confessa que a cada ano sente uma emoção nova. "Minha filha Luana tem apenas dois anos e me lembro do primeiro Dia dos Pais que passei com ela. Na verdade, ser pai, para mim, é uma emoção constante. Cada dia é uma novidade." Para ele, um dos momentos mais marcantes foi quando ouviu a filha falar "papai" pela primeira vez.

Para a psicóloga e educadora Carolina Duarte, a participação do homem durante o período de gestação e de criação nos primeiros meses de vida da criança está cada vez maior. "Enquanto para a mulher a gestação é algo concreto, físico, para o homem é algo mais virtual. A mulher sente seu corpo mudar, enquanto que o homem apenas observa. Mas, atualmente, é muito perceptível a participação, cada vez maior, do homem durante o período da gestação, do próprio parto e das atividades rotineiras, como dar banho e trocar fralda, que antes eram tarefas quase exclusivas da mulher."

O professor Lima é um bom exemplo disto. "Sempre acompanhei minha esposa nas consultas, assisti o parto e sempre procuro ajudar nas tarefas diárias. Para mim, isso é muito importante, já que fico mais perto da minha filha," explica. Para a psicóloga, a participação serve como meio de consolidação da família. "O nascimento de um bebê aumenta ainda mais o vínculo familiar e quanto maior forem a presença e o auxílio do pai, mais fortalecido será este vínculo."

Quem também aponta a crescente participação de pais no período gestacional é a coordenadora do Banco de Leite da Associção Municipal de Apoio Comunitário (Amac), Bernadete Monteiro Oliveira. "Nós realizamos, a cada dois meses, um curso para gestantes. Cada mulher pode trazer mais uma pessoa, como mãe, irmã ou companheiro. De um ano para cá, venho percebendo o aumento do número de maridos no curso." Ela lembra, ainda, que os pais costumam ter dúvidas diferentes das mães. "Além de buscarem informações sobre a gestação e a criança, eles também querem saber como podem ajudar as suas companheiras."

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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