Elizabeth Soares Elizabeth Soares 14/2/2011


Relação chefe x subordinado: equipes defensivas não produzem excelência

Relação chefe x subordinadoQuando reunimos em uma sala pessoas em cargo de liderança, aquelas que são responsáveis por gerar resultado através da equipe, as principais queixas que escuto são:

- "Onde estão os bons profissionais que querem encarar os desafios"?
- "É difícil encontrar uma pessoa que trabalhe mais do que critique."
- "Minha equipe é acomodada e não quer saber de mudanças porque acham que vão ter que trabalhar mais."
- "Corrigir um comportamento no funcionário é muito difícil. As pessoas se justificam, mas não têm boa vontade para mudar."

Por outro lado, quando me reúno com a equipe de profissionais liderados, escuto o outro lado desta situação e percebo que ainda há muito a se construir nessa relação entre chefes e subordinados.

As equipes de trabalho também têm suas queixas:

- "O meu chefe não tem humildade. Ele só quer o status."
- "Meu chefe não dá apoio, só sabe cobrar."
- "Quando a gente precisa, o chefe diz que está ocupado em reunião."
- "Quando a gente está numa situação difícil, o chefe não faz nada, não se importa."

Na prática, o que tenho visto, são pessoas atacando ou se defendendo, às vezes, fazendo humor em cima dos problemas... O que ocorre é que profissionais com bom desempenho são promovidos a cargos de liderança somente pelo conhecimento técnico e se deparam com uma equipe para comandar e gerar resultados.

Sem o devido preparo, chefes costumam fazer o que podem. Uns centralizam, outros simplesmente abdicam. Líderes que não se sentem preparados acabam assumindo o comando de forma muito personalizada. Sua liderança não reflete a cultura e o estilo de gestão da empresa, mas sim, o seu próprio estilo e suas crenças pessoais. A consequência é negativa para todos. Esses chefes são rotulados por suas equipes como "esnobes", "covardes", "desinteressados", "tiranos"...

É aí que me pergunto: como construir relacionamentos a base de confiança? Qual é o caminho mais consistente para fortalecer empresas e gerar resultados? Afinal, equipes defensivas não produzem excelência.

Este compromisso está nas mãos das empresas: promover desenvolvimento contínuo a seus líderes. Apoiá-los para que eles se tornem capazes de apoiar. Torná-los fortes como líderes para que tenham competência de assumir o comando de uma equipe de trabalho. Isto é o que todos querem e é o que as empresas precisam.



Elizabeth Soares
Psicóloga e Coach-Executiva