Magistério municipal mantém greve Após negociação na última sexta-feira, professores aderem a greve e aguardam contra-proposta da Prefeitura
Repórter
28/05/2007

Há uma semana em negociação com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o magistério municipal utilizou a abertura do Fest Ler como palco para manifestações durante o primeiro dia de greve. O movimento já tinha sido declarado na última sexta, 25, após a negociação com o secretário de Administração e Recursos Humanos, Renato Garcia, que apresentou a proposta de reajuste de 3% a ser pago em junho, setembro e dezembro. No entanto, em assembléia, a categoria decidiu pela greve, com quase 100% de adesão.
"Levamos em conta não só o índice
sugerido pelo governo, mas a forma como estamos sendo tratados durante esse
processo"
, afirma Roberto Cupolillo, coordenador geral
do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), referindo-se a
proibição da entrada do magistério municipal no pátio da Prefeitura, no
último dia 22, e a queixa-crime apresentada pelo prefeito Alberto Bejani
contra nove militantes na sexta, dia 25.
Para o diretor de finanças do Sinpro, Roberto Kalam, as
ações repressivas da Prefeitura não representam formas democráticas de
negociação. "A administração atual fala que a educação é prioridade, mas
trata os professores como caso de polícia, em um movimento pacífico"
,
observa Kalam.
O secretário de Administração e Recursos Humanos, Renato Garcia, disse que não irá se pronunciar sobre o caso até a próxima quarta, dia 30, data marcada para uma reunião com os representantes dos sindicatos do funcionalismo municipal, entre eles, médicos, engenheiros e professores. O magistério se reúne em assembléia também na quarta para discutir os rumos da greve.
Reivindicações
Atualmente, os professores municipais com nível médio ganham R$ 552,23 e com nível superior R$ 813,93, com uma carga horária de 20 horas semanais. O reajuste previsto pelo Sinpro segue a proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).