Educação em protesto
Professores municipais paralisam atividades nesta terça,
enquanto servidores da UFJF se preparam para greve no dia 28
Repórter
21/05/2007

Após um mês da entrega da pauta de reivindicações à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), os professores da rede municipal de ensino realizam paralisação nesta terça, dia 22 de maio, em defesa do reajuste salarial de 29%, referente as perdas acumuladas entre maio de 1997 a abril de 2004.
"Contamos com a adesão em massa"
, declara o coordenador geral do
Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), Roberto
Cupolillo. O grupo se prepara para uma assembléia também nesta
terça, 22 de maio, às 15h, no Teatro Pró-Música (Avenida Rio Branco, 2329). No mesmo horário, representantes do
Sinpro se reúnem com a Secretaria de Administração e Recursos Humanos da prefeitura para
discutir a contraproposta do governo municipal.
A classe reinvidica, ainda, a homologação dos concursos em andamento para imediata efetivação, abertura de concursos para as disciplinas de português, história e ciências. A lista de pedidos contempla passe-livre para o magistério no período de trabalho ou vale-transporte pago em espécie, sem desconto no contra-cheque.
Atualmente, os professores municipais com nível médio ganham R$ 552,23 e
com nível superior R$ 813,93, com uma carga horária de 20 horas semanais. O
reajuste previsto pelo Sinpro segue a proposta da Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Educação (CNTE).
"Vamos negociar com a prefeitura e, dependendo do que for proposto,
poderemos declarar greve"
, afirma Cupolillo.
Também em protesto, os servidores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) declararam estado de greve no último dia 21. Nesta quarta, dia 23, o grupo realiza paralisação e ato público em frente ao Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (MAM).
"A greve já foi deliberada nas plenárias do dia 4 e 5 de maio em
Brasília"
, explica a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores
em Educação da UFJF (Sintufejuf), Heloísa de Oliveira.
Além do reajuste salarial, os servidores pretendem conseguir a reestruturação da tabela de
salários-base e garantir o direito de greve, abalado pelo projeto de lei ,
que prevê novas regras para greves no funcionalismo
público.