Musical infantojuvenil oferece várias formas de acessibilidade ao público
O espetáculo conta com programas de braile, intérprete de Libras, legenda eletrônica e outras formas de comunicação
Repórter
24/4/2013
Acesso universal à arte cênica, com legenda eletrônica, audiodescrição, programas em braile, letra ampliada e intérpretes de Libras, além de acessibilidade física. Este é o objetivo do musical Um amigo diferente?, que já foi assistido por mais de 60 mil pessoas e chega esta semana a Juiz de Fora. "Não é possível falar de inclusão, sem falar em acessibilidade. E a acessibilidade na comunicação depende de participação e autonomia, é nada mais do que o direito de participar. E, neste espetáculo, as pessoas têm a oportunidade de comunicar e ser comunicado", explica a autora do livro homônimo, que deu origem ao musical, Claudia Werneck.
A autora lembra, ainda, que a inclusão começa antes mesmo dos atores subirem ao palco. "Os intérpretes de Libras acompanham o público desde a fila. Já as pessoas cegas têm a oportunidade de visitar o cenário trinta minutos antes das cortinas se abrirem, para, assim, conhecerem cada detalhe do cenário e do musical", afirma Claudia, ressaltando que o musical é uma estratégia de garantir acesso à cultura a todas as pessoas.
Um Amigo Diferente? conta a história de Lucas, um menino considerado esquisito pelos vizinhos e colegas de classe. O personagem, que sai em uma jornada de busca pela verdadeira amizade, descobre, no percurso dessa aventura, que quanto mais diferentes são as pessoas, mais divertida é a vida. "Queremos sensibilizar o público e mostrar que a diferença está em todo lugar. Que cada pessoa é única, é diferente. E isso é normal", explica Claudia.
- Abertas as inscrições para o 5º Curso de Teatro do CCBM
- Audiolivro utiliza ponto cruz para ilustrar história
- Aberto o edital de ocupação do Cine-Theatro Central para artistas de JF
O musical, que tem entrada franca, será apresentado em Juiz de Fora nesta sexta-feira, 26 de abril, às 15h, e no sábado, 16h, no Teatro Pró-Música. O espetáculo é realizado pela ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, e encenado pelo grupo Os Inclusos e Os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade. O roteiro e a direção ficam a cargo de Marcos Nauer.
Com o patrocínio da MRS Logística, por meio da Lei Rouanet, e o apoio da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a montagem segue para Brasília, Santos e São Paulo, após a passagem por Juiz de Fora. A turnê integra a campanha Teatro Acessível: Arte, Prazer e Direitos, lançada em 2011 pela Escola de Gente e o Ministério da Cultura, com o objetivo de mobilizar governo e sociedade civil ao cumprimento das leis de acessibilidade em toda e qualquer iniciativa cultural. "Além de fazermos um espetáculo de acessibilidade, queremos formar uma plateia com ideia inclusiva", destaca a escritora.
Oficina de Teatro Acessível
Além do espetáculo, as pessoas podem participar da Oficina de Teatro Acessível, ministrada pelos atores e pelo diretor do musical. A atividade, que será realizada no sábado, 27, das 10h às 13h, também será gratuita e é direcionada a professores, conselheiros de saúde, artistas e todas as pessoas que têm alguma ligação com a área de acessibilidade. "As oficinas são uma atividade paralela, que buscam propor situações que promovam mais espaço interno para as pessoas se exercitarem na perspectiva inclusiva, desconhecida, como prática, para um importante contingente populacional. São várias vivências, jogos, dinâmicas e propostas", revela Claudia, lembrando que as Oficinas Inclusivas já foram apresentadas mais de 400 vezes em países das Américas, Europa, Oceania e África.
A meta da ONG Escola de Gente é provar que atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência nunca é um custo, e sim um investimento sustentável e inadiável. Segundo Claudia, o desafio é ainda saber quanto custa não discriminar. "Fazer acessibilidade não é caro, os orçamentos que não preveem a acessibilidade é que são caros. Quando se faz um projeto no Brasil que não leva em conta a diversidade, o aspecto da deficiência e da inclusão, o que temos é um projeto de discriminação e, consequentemente, um orçamento de discriminação", conclui.
Ela ressalta, ainda, que o espetáculo fala de inclusão e pratica a inclusão, como todos os projetos culturais, socioambientais e educacionais que a Escola de Gente realizou em seus dez anos de vida. "Há programas em linguagem mais simples para serem distribuídos para as crianças - e outro para as pessoas adultas, sendo que ambos os programas também estarão em braile e letra ampliada para crianças e adultos/as, audiodescrição e legenda, além de atendimento prioritário e acessibilidade física. A Escola de Gente só se apresenta em teatros acessíveis", completa.


A autora
Claudia Werneck é pioneira no Brasil no estudo de acessibilidade e inclusão. Considerada uma das maiores especialistas no assunto no país, dedicou os últimos vinte anos à realização de projetos na área. "No ano de 1991, escrevi uma matéria sobre Síndrome de Down e me surpreendi com o meu próprio desconhecimento. A partir de então não parei mais de pesquisar e isso mudou minha percepção da vida", afirma a escritora.
Atualmente, Cláudia tem publicados 13 livros em português, espanhol e inglês, com um total de mais de 250 mil exemplares vendidos, além de organizar e colaborar com outras publicações. A obra Um amigo diferente?, de 1996, é recomendada pela Unicef e Unesco como leitura sobre sociedade inclusiva para crianças e adolescentes. Já o livro Quem cabe no seu Todos?, de 1999, deu origem à criação da Escola de Gente. No início deste ano, lançou Sonhos do Dia, primeiro livro infantil brasileiro publicado em sete formatos acessíveis.
Musical infantojuvenil oferece várias formas de acessibilidade ao público
O espetáculo conta com programas de braile, intérprete de Libras, legenda eletrônica e outras formas de comunicação
Repórter
24/4/2013
Acesso universal à arte cênica, com legenda eletrônica, audiodescrição, programas em braile, letra ampliada e intérpretes de Libras, além de acessibilidade física. Este é o objetivo do musical Um amigo diferente?, que já foi assistido por mais de 60 mil pessoas e chega esta semana a Juiz de Fora. "Não é possível falar de inclusão, sem falar em acessibilidade. E a acessibilidade na comunicação depende de participação e autonomia, é nada mais do que o direito de participar. E, neste espetáculo, as pessoas têm a oportunidade de comunicar e ser comunicado", explica a autora do livro homônimo, que deu origem ao musical, Claudia Werneck.
A autora lembra, ainda, que a inclusão começa antes mesmo dos atores subirem ao palco. "Os intérpretes de Libras acompanham o público desde a fila. Já as pessoas cegas têm a oportunidade de visitar o cenário trinta minutos antes das cortinas se abrirem, para, assim, conhecerem cada detalhe do cenário e do musical", afirma Claudia, ressaltando que o musical é uma estratégia de garantir acesso à cultura a todas as pessoas.
Um Amigo Diferente? conta a história de Lucas, um menino considerado esquisito pelos vizinhos e colegas de classe. O personagem, que sai em uma jornada de busca pela verdadeira amizade, descobre, no percurso dessa aventura, que quanto mais diferentes são as pessoas, mais divertida é a vida. "Queremos sensibilizar o público e mostrar que a diferença está em todo lugar. Que cada pessoa é única, é diferente. E isso é normal", explica Claudia.
- Abertas as inscrições para o 5º Curso de Teatro do CCBM
- Audiolivro utiliza ponto cruz para ilustrar história
- Aberto o edital de ocupação do Cine-Theatro Central para artistas de JF
O musical, que tem entrada franca, será apresentado em Juiz de Fora nesta sexta-feira, 26 de abril, às 15h, e no sábado, 16h, no Teatro Pró-Música. O espetáculo é realizado pela ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, e encenado pelo grupo Os Inclusos e Os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade. O roteiro e a direção ficam a cargo de Marcos Nauer.
Com o patrocínio da MRS Logística, por meio da Lei Rouanet, e o apoio da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a montagem segue para Brasília, Santos e São Paulo, após a passagem por Juiz de Fora. A turnê integra a campanha Teatro Acessível: Arte, Prazer e Direitos, lançada em 2011 pela Escola de Gente e o Ministério da Cultura, com o objetivo de mobilizar governo e sociedade civil ao cumprimento das leis de acessibilidade em toda e qualquer iniciativa cultural. "Além de fazermos um espetáculo de acessibilidade, queremos formar uma plateia com ideia inclusiva", destaca a escritora.
Oficina de Teatro Acessível
Além do espetáculo, as pessoas podem participar da Oficina de Teatro Acessível, ministrada pelos atores e pelo diretor do musical. A atividade, que será realizada no sábado, 27, das 10h às 13h, também será gratuita e é direcionada a professores, conselheiros de saúde, artistas e todas as pessoas que têm alguma ligação com a área de acessibilidade. "As oficinas são uma atividade paralela, que buscam propor situações que promovam mais espaço interno para as pessoas se exercitarem na perspectiva inclusiva, desconhecida, como prática, para um importante contingente populacional. São várias vivências, jogos, dinâmicas e propostas", revela Claudia, lembrando que as Oficinas Inclusivas já foram apresentadas mais de 400 vezes em países das Américas, Europa, Oceania e África.
A meta da ONG Escola de Gente é provar que atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência nunca é um custo, e sim um investimento sustentável e inadiável. Segundo Claudia, o desafio é ainda saber quanto custa não discriminar. "Fazer acessibilidade não é caro, os orçamentos que não preveem a acessibilidade é que são caros. Quando se faz um projeto no Brasil que não leva em conta a diversidade, o aspecto da deficiência e da inclusão, o que temos é um projeto de discriminação e, consequentemente, um orçamento de discriminação", conclui.
Ela ressalta, ainda, que o espetáculo fala de inclusão e pratica a inclusão, como todos os projetos culturais, socioambientais e educacionais que a Escola de Gente realizou em seus dez anos de vida. "Há programas em linguagem mais simples para serem distribuídos para as crianças - e outro para as pessoas adultas, sendo que ambos os programas também estarão em braile e letra ampliada para crianças e adultos/as, audiodescrição e legenda, além de atendimento prioritário e acessibilidade física. A Escola de Gente só se apresenta em teatros acessíveis", completa.


A autora
Claudia Werneck é pioneira no Brasil no estudo de acessibilidade e inclusão. Considerada uma das maiores especialistas no assunto no país, dedicou os últimos vinte anos à realização de projetos na área. "No ano de 1991, escrevi uma matéria sobre Síndrome de Down e me surpreendi com o meu próprio desconhecimento. A partir de então não parei mais de pesquisar e isso mudou minha percepção da vida", afirma a escritora.
Atualmente, Cláudia tem publicados 13 livros em português, espanhol e inglês, com um total de mais de 250 mil exemplares vendidos, além de organizar e colaborar com outras publicações. A obra Um amigo diferente?, de 1996, é recomendada pela Unicef e Unesco como leitura sobre sociedade inclusiva para crianças e adolescentes. Já o livro Quem cabe no seu Todos?, de 1999, deu origem à criação da Escola de Gente. No início deste ano, lançou Sonhos do Dia, primeiro livro infantil brasileiro publicado em sete formatos acessíveis.
-Musical infantojuvenil oferece várias formas de acessibilidade ao público
O espetáculo conta com programas de braile, intérprete de Libras, legenda eletrônica e outras formas de comunicação
Repórter
24/4/2013
Acesso universal à arte cênica, com legenda eletrônica, audiodescrição, programas em braile, letra ampliada e intérpretes de Libras, além de acessibilidade física. Este é o objetivo do musical Um amigo diferente?, que já foi assistido por mais de 60 mil pessoas e chega esta semana a Juiz de Fora. "Não é possível falar de inclusão, sem falar em acessibilidade. E a acessibilidade na comunicação depende de participação e autonomia, é nada mais do que o direito de participar. E, neste espetáculo, as pessoas têm a oportunidade de comunicar e ser comunicado", explica a autora do livro homônimo, que deu origem ao musical, Claudia Werneck.
A autora lembra, ainda, que a inclusão começa antes mesmo dos atores subirem ao palco. "Os intérpretes de Libras acompanham o público desde a fila. Já as pessoas cegas têm a oportunidade de visitar o cenário trinta minutos antes das cortinas se abrirem, para, assim, conhecerem cada detalhe do cenário e do musical", afirma Claudia, ressaltando que o musical é uma estratégia de garantir acesso à cultura a todas as pessoas.
Um Amigo Diferente? conta a história de Lucas, um menino considerado esquisito pelos vizinhos e colegas de classe. O personagem, que sai em uma jornada de busca pela verdadeira amizade, descobre, no percurso dessa aventura, que quanto mais diferentes são as pessoas, mais divertida é a vida. "Queremos sensibilizar o público e mostrar que a diferença está em todo lugar. Que cada pessoa é única, é diferente. E isso é normal", explica Claudia.
- Abertas as inscrições para o 5º Curso de Teatro do CCBM
- Audiolivro utiliza ponto cruz para ilustrar história
- Aberto o edital de ocupação do Cine-Theatro Central para artistas de JF
O musical, que tem entrada franca, será apresentado em Juiz de Fora nesta sexta-feira, 26 de abril, às 15h, e no sábado, 16h, no Teatro Pró-Música. O espetáculo é realizado pela ONG Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, e encenado pelo grupo Os Inclusos e Os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade. O roteiro e a direção ficam a cargo de Marcos Nauer.
Com o patrocínio da MRS Logística, por meio da Lei Rouanet, e o apoio da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a montagem segue para Brasília, Santos e São Paulo, após a passagem por Juiz de Fora. A turnê integra a campanha Teatro Acessível: Arte, Prazer e Direitos, lançada em 2011 pela Escola de Gente e o Ministério da Cultura, com o objetivo de mobilizar governo e sociedade civil ao cumprimento das leis de acessibilidade em toda e qualquer iniciativa cultural. "Além de fazermos um espetáculo de acessibilidade, queremos formar uma plateia com ideia inclusiva", destaca a escritora.
Oficina de Teatro Acessível
Além do espetáculo, as pessoas podem participar da Oficina de Teatro Acessível, ministrada pelos atores e pelo diretor do musical. A atividade, que será realizada no sábado, 27, das 10h às 13h, também será gratuita e é direcionada a professores, conselheiros de saúde, artistas e todas as pessoas que têm alguma ligação com a área de acessibilidade. "As oficinas são uma atividade paralela, que buscam propor situações que promovam mais espaço interno para as pessoas se exercitarem na perspectiva inclusiva, desconhecida, como prática, para um importante contingente populacional. São várias vivências, jogos, dinâmicas e propostas", revela Claudia, lembrando que as Oficinas Inclusivas já foram apresentadas mais de 400 vezes em países das Américas, Europa, Oceania e África.
A meta da ONG Escola de Gente é provar que atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência nunca é um custo, e sim um investimento sustentável e inadiável. Segundo Claudia, o desafio é ainda saber quanto custa não discriminar. "Fazer acessibilidade não é caro, os orçamentos que não preveem a acessibilidade é que são caros. Quando se faz um projeto no Brasil que não leva em conta a diversidade, o aspecto da deficiência e da inclusão, o que temos é um projeto de discriminação e, consequentemente, um orçamento de discriminação", conclui.
Ela ressalta, ainda, que o espetáculo fala de inclusão e pratica a inclusão, como todos os projetos culturais, socioambientais e educacionais que a Escola de Gente realizou em seus dez anos de vida. "Há programas em linguagem mais simples para serem distribuídos para as crianças - e outro para as pessoas adultas, sendo que ambos os programas também estarão em braile e letra ampliada para crianças e adultos/as, audiodescrição e legenda, além de atendimento prioritário e acessibilidade física. A Escola de Gente só se apresenta em teatros acessíveis", completa.


A autora
Claudia Werneck é pioneira no Brasil no estudo de acessibilidade e inclusão. Considerada uma das maiores especialistas no assunto no país, dedicou os últimos vinte anos à realização de projetos na área. "No ano de 1991, escrevi uma matéria sobre Síndrome de Down e me surpreendi com o meu próprio desconhecimento. A partir de então não parei mais de pesquisar e isso mudou minha percepção da vida", afirma a escritora.
Atualmente, Cláudia tem publicados 13 livros em português, espanhol e inglês, com um total de mais de 250 mil exemplares vendidos, além de organizar e colaborar com outras publicações. A obra Um amigo diferente?, de 1996, é recomendada pela Unicef e Unesco como leitura sobre sociedade inclusiva para crianças e adolescentes. Já o livro Quem cabe no seu Todos?, de 1999, deu origem à criação da Escola de Gente. No início deste ano, lançou Sonhos do Dia, primeiro livro infantil brasileiro publicado em sete formatos acessíveis.