Greve dos servidores

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Sindicato considera boa ades?o em paralisa??o na UFJF Cerca de 80% dos servidores aderiram ao movimento

Thiago Werneck*
Colabora??o
17/04/2007

Por enquanto nada de greve na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mas os estudantes ficaram sem Restaurante Universit?rio (R.U), sem transporte e muitos n?o tiveram aula por causa da paralisa??o dos servidores p?blicos, nesta ter?a-feira, dia 17 de abril. Cerca de 80% dos funcion?rios aderiram ao movimento no Campus Universit?rio.

No Hospital Universit?rio(HU) 30% dos servidores paralisaram suas atividades. O coordenador de comunica??o do Sindicato dos Trabalhadores em Educa??o P?blica (Sintufejuf), Jos? Fanias Lima acredita que a menor ades?o no HU acontece porque o setor tem caracter?sticas at?picas. "Os pacientes precisam do atendimento realizado por esses servidores. Por isso mobilizar todos por l? ? mais dif?cil", explica.

O protesto teve saldo positivo para o sindicato. "A ades?o foi boa, conseguimos mostrar nossa indgna??o com um dos pontos do PAC, Programa de Acelera??o do Crescimento do Governo Federal", destaca Fanias. Os t?cnicos administrativos se re?nem nessa quinta-feira, dia 19 de abril, para avaliar o movimento local e nacional e decidirem o pr?ximo passo do movimento.


Os prejudicados hoje foram os alunos. "Muitos estudantes perderam aulas porque em algumas faculdades os t?cnicos da Universidade s?o essenciais para o andamento das disciplinas. Principalmente na ?rea de sa?de. Em alguns locais n?o havia t?cnicos, nem mesmo, para abrir as portas das salas", relata Fanias.

E os professores da UFJF, tamb?m est?o se articulando. Nessa ter?a-feira, eles realizaram assembl?ia e discutiram tamb?m a PL-01/07 da PAC, a proposta do governo da Universidade Nova e quest?o de proibi?es de greve por parte do governo.

O presidente da Associa??o dos Professores da UFJF (Apes/JF), Marcos Freitas destacou que em todos os pontos o governo vai ter que se sensibilizar e ceder de alguma forma. " O da PAC ? inaceit?vel, assim como a quest?o das greves. Sobre as mudan?as na gradua??o, propostas por esse novo projeto, n?s decidimos rejeit?-las e queremos que o Conselho Superior crie caminhos para debatermos melhor o assunto", ressalta.

N?o houve nenhum indicativo de greve. Quest?es salarias e isonomia foram mais uma vez discutidas. "Agora estamos em fase de negocia??o com o governo. A gente espera que ele ceda nesses pontos. N?o h? qualquer previs?o de greve e a pr?xima reuni?o acontece em Bras?lia no dia 5 de maio para discutirmos propostas com governo. No dia seguinte vamos avaliar a situa??o para pensarmos nas pr?ximas a?es do sindicato", completa Marcos.

*Thiago Werneck ? estudante de jornalismo da UFJF