Paola Freitas A atleta carioca adotou Juiz de Fora para morar e j? trouxe orgulho conquistando o oitavo lugar na equipe de elite da Travessia dos Fortes
Colabora??o*
13/12/2006
|
|
||
O c?u ainda est? escuro. ?s 5h30 da manh? j? s?o dadas as primeiras bra?adas. Treinos quase todos os dias da semana. Na agenda cada vez mais apertada procura conciliar emprego, faculdade e o ritmo forte para quem deseja competir. Paola Freitas (foto ao lado) pratica nata??o, desde os tr?s anos de idade. A competi??o saud?vel e a disciplina do esporte refletem na vida pessoal e nos objetivos a serem alcan?ados dessa jovem que, embora seja natural do Rio de Janeiro, est? h? dois anos em Juiz de Fora.
Pode-se dizer que Paola ? das ?guas desde crian?a. O pai fazia quest?o de lev?-la as escolinhas de nata??o junto com a irm?. "A nata??o representa tudo, ? minha vida desde crian?a, n?o me vejo sem nata??o, sempre treinei todo dia, s?bado, feriado, pela manh?, tarde e agora antes de ir para a faculdade", conta.
Na ?ltima prova que disputou, representou bem a sua "nova cidade" na Travessia dos Fortes e chegou na oitava coloca??o da categoria elite. Foi a primeira vez que competiu em mar e sua caracter?stica
de atleta de provas de fundo, longas dist?ncias, facilitou sua vida na travessia. "Eu pensei que a prova ia ser mais forte do que foi. N?o fui preparada do jeito que eu queria, mas desde que aconteceu o Campeonato Mineiro eu n?o estava treinando muito por causa de provas na faculdade. Mas acho que o resultado foi excelente pelo o que treinei"
, diz Paola.
Futuro
Apesar de toda a paix?o em competir em provas de nata??o, as correntezas da vida t?m levado Paola a dar bra?adas em rumos diferentes. H? um ano cursando Nutri??o, ela v? hoje
as ?guas de outra maneira. "O meu objetivo agora n?o ? treinar tanto para competi??o, estou come?ando a trabalhar e fica dif?cil conciliar tudo, exige muito de voc?, do corpo. Voc? chega extremamente cansada, s?o duas horas de treino, muscula??o, ? muito cansativo. Mas vou continuar treinando, sem d?vida, agora com treino mais espec?fico para o mar. Gostei muito de competir na travessia, mas n?o vou deixar de disputar o Mineiro de nata??o".
"? preciso ter um tempo, voc? precisa colocar um limite porque treinar para competir ? muito dif?cil", conta a nadadora.
Decis?o dif?cil
Tomar a decis?o de diminuir o ritmo n?o foi f?cil. Perguntada sobre o que a nata??o representa para ela, Paola pensou "pergunta dif?cil essa" e respondeu em seguida."Vida. Toda minha vida foi em fun??o da nata??o. O triste ? ver que voc? n?o consegue seguir. Para tomar a decis?o de diminuir o meu ritmo foi dific?limo, eu chorei, chegava em casa... mas ? dif?cil, voc? dedica a sua vida inteira a isso. Eu quero chegar ? velhice como aquelas velhinhas de 80 , 90 anos que est?o nadando, eu quero, eu gosto muito, sou apaixonada, eu fico duas semanas sem nadar e fico doida pra voltar, mas ? preciso ter um tempo, voc? precisa colocar um limite porque treinar para competir ? muito dif?cil", disse at? certo ponto emocionada.
Das in?meras competi?es que disputou a que guarda com mais carinho ? o Campeonato Brasileiro disputado em Uberl?ndia no ano de 2002, nos 800 metros livre, quando competia pelo Flamengo do Rio de Janeiro e foi vice campe? brasileira. Atualmente ela ? atleta do Clube Bom Pastor e neste ano recebeu o trof?u de atleta mais eficiente no Mineiro e da Federa??o Mineira o trof?u atleta 2006 na categoria j?nior.
Profissionais
Neste momento quantos futuros atletas est?o deixando de lado a carreira por n?o terem condi?es de se dedicarem integralmente ao seu esporte? Um dos maiores problemas ? a falta de patroc?nio. Se aventurar somente com o esporte n?o ? f?cil. Paola revela que muitos nadadores est?o indo disputar provas abertas, como a travessia, para ter um retorno financeiro. Os pr?mios em dinheiro pela nata??o geralmente n?o existem. Quando atuava pelo Flamengo, Paola chegou a pagar para competir. "Nos clubes que t?m futebol, os outros esportes est?o acabados. No Vasco teve um ano que disseram que n?o teria mais nata??o, cada um teve que ser virar", conta.
Mas qual atleta n?o sonha em ser patrocinado e seguir sua carreira com certa tranq?ilidade?
Al?m do apoio a responsabilidade tamb?m cresce. "O patroc?nio te exige resultados, ele te cobra treinamentos, ele te cobra uma s?rie de coisas e a pessoa tem que estar muito focada naquilo. Se voc? est? ganhando voc? tem que viver exclusivamente para aquilo, o que n?o ? o caso de muitas cidades porque n?o t?m um patroc?nio forte. Eu acredito que, de repente, se tivesse um apoio forte juntamente com os clubes, com certeza, as pessoas iam dedicar mais tempo, ou abrir m?o de outras coisa para a pr?tica esportiva.
Mas n?o tem e fica complicado porque s?o os pais que t?m que bancar".
Aprendizado
A experi?ncia nas ?guas refletiu no estilo de vida de Paola. A competi??o saud?vel a faz querer sempre ir al?m. "Sou bastante competitiva, isso devido a nata??o, mas de um lado bom, ? natural do esportista querer vencer, ser o melhor e dar tudo de si, realmente eu tenho isso. Quero fazer tudo ao mesmo tempo e quero que as coisas d?em certo", finaliza.*Guilherme Oliveira ? estudante do 5? per?odo de Comunica??o da Universidade Federal de Juiz de Fora
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!