Sobrou tempo... Tupi passa o jogo inteiro na frente, mas leva um gol no ?ltimo minuto e pode acabar morrendo na praia do Campeonato Mineiro do M?dulo II
R?porter
19/05/2006
Tempo: estado de dura??o dos seres. A primeira defini??o do Dicion?rio Michaellis para o termo deixa claro o quanto ele ? importante para a sobreviv?ncia. O Tupi n?o soube aproveit?-lo. Tempo: uma ?poca, um lapso de tempo futuro ou passado. Essa ? a segunda defini??o do Dicion?rio. Lapso? N?o h? palavra melhor que defina o que aconteceu aos 47 minutos do segundo tempo da partida contra o Mamor?. Tempo: estado meteorol?gico da atmosfera; vento, ar, temperatura. A terceira defini??o. Mostra como os pouco mais de cinco mil torcedores sofreram mais de uma vez no Est?dio Municipal Radialista M?rio Hel?nio. Primeiro com o frio, depois com o drama do gol no ?ltimo minuto, e depois com o frio de novo.
Um jogo de futebol tem 90 minutos, e o Tupi disputou, at? aqui no Campeonato Mineiro do M?dulo II, 18 partidas. Foram dez na primeira fase, e oito na segunda. Fazendo as contas, tirando os descontos dados pelos ?rbitros, o Carij? ficou em campo por impressionantes 1.620 minutos. E foi capaz de reduzir dr?sticamente suas chances de classifica??o em apenas um minuto, na partida desta quinta-feira frente ao Mamor?, de Patos de Minas. Um minuto equivale a 0,061% desse tempo total em campo. Agora, as chances podem ser at? maiores do que essa porcentagem ridiculamente m?nima, mas n?o s?o nem metade do que o torcedor sonhou ter ao final do jogo. Congelaram-se os cora?es e as esperan?as carij?s na noite fria de Juiz de Fora.
Frio entrou o Mamor?. Tanto que, em dois minutos, levou o gol do Galo. Guarde bem esse tempo. Dois minutos. Foi exatamente esta a fatia, durante toda a partida, que o Tupi ficou sem o resultado que queria. Quando R?bson lan?ou Allan, derrubado pelo goleiro do Mamor?, a classifica??o Carij? ficou mais pr?xima. Jo?o J?nior esquentou a galera, cobrando o p?nalti e marcando o primeiro do Tupi.
Primeiro e ?nico. A partir dali o time de JF at? tentou, martelou, atacou mas n?o conseguiu aumentar o placar e definir o jogo. No primeiro e no segundo tempo. Bola que bate na zaga, goleiro defendendo, bola na trave. Tudo, menos o gol. E o Carij? pagou caro por isso.
Ditados s?o velhos
T?o velho quanto o futebol, o ditado de que "quem n?o faz, leva" tornou-se realidade no momento mais dram?tico do jogo. Mesmo com um jogador a mais e amplamente superior nas a?es, o Tupi conseguiu se complicar. Afinal, t?o velho quanto esse ditado, existe um outro que diz que "o jogo s? acaba quando termina".
O segundo tempo ?a terminando e o torcedor, j? doido para ir embora espantar o frio, viu o ?rbitro sinalizar o desconto. Lembra dois minutos suficientes para que o Carij? fizesse um gol? Era s? n?o repetir, no final, o erro que o Mamor? cometeu no in?cio, que o torcedor iria feliz para a casa. N?o deu. Ao final desses dois minutos... nos segundos finais do minuto final, Paulo Roberto bateu falta da intermedi?ria. A zaga congelou, a bola foi passando por um, por outro, beijou a grama fria, e encerrou sua trajet?ria no ?nico lugar em que os milhares de torcedores n?o queriam: a rede. Sil?ncio, que est? durando at? agora...
Agora faltam mais 180 minutos. Contra o Val?rio, domingo, em Itabira, e contra o Juventus, dia 28, em Juiz de Fora. O Tupi precisa vencer os dois jogos. Da terceira, caiu para a quarta posi??o. O Uberaba tem 14 pontos, o Rio Branco tem 13 e, Galo e Mamor? possuem 12. S? esses ainda t?m chances de classifica??o. Exatamente os dois advers?rios do Tupi n?o possuem mais chances. ?timo, se o Galo n?o dependesse de outros resultados. S? por isso, o minuto de agonia pode se transformar em um ano de tristeza. O Galo entrou numa fria, e pode morrer na praia, porque n?o soube administrar o estado de dura??o dos seres: o Tempo.
Veja o restante da tabela do hexagonal final do M?dulo II:
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