Juizforanos participam da Travessia dos Fortes no Rio Medalha de bronze na ol?mpiada de Moscou, Djan Madruga, aconselha os juizforanos que v?o participar da prova deste ano

Guilherme Oliveira
Colabora??o*
24/11/2006
Clique ao lado para ouvir as dicas de um dos maiores nomes da nata??o do pa?s, Djan Madruga. Ele aconselha os juizforanos que v?o participar da Travessia dos Fortes no Rio

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Djan Madruga Ele foi medalha de bronze nos jogos ol?mpicos de Moscou, em 1980, no revezamento 4 x 200 metros livres de nata??o. Atualmente disputa competi?es pela categoria master e continua fazendo hist?ria. Djan Madruga (foto ao lado), um dos maiores nomes da nata??o do pa?s, em entrevista ao Portal ACESSA.com, aconselha, aos juizforanos que v?o participar da prova, o melhor caminho da "Travessia dos Fortes", que acontece no Rio de Janeiro, neste domingo, dia 26 de novembro.

S?o 3800 metros de supera??o entre os fortes de Copacabana e Duque de Caxias, no Leme. "As pessoas t?m que fazer a prova olhando para frente, com tranq?ilidade, uma boa refer?ncia ? mirar no p?o de a?car, uma forma que a gente tem como rumo na prova", revela Djan.

Com a crescente participa??o de interessados em concorrer no evento nos ?ltimos anos, a "travessia" entrou nos calend?rios de maratonas aqu?ticas da Confedera??o Brasileira de Desportos Aqu?ticos (CBDA) e de Eventos Preparat?rios para os XV Jogos Pan-americanos Rio 2007. "O importante ? a participa??o das pessoas, ? a S?o Silvestre das ?guas, a principal prova de ?guas abertas do Brasil. ? importante, realmente, contar com a representa??o de Juiz de Fora e tenho certeza de que voc?s v?o representar muito bem essa fant?stica cidade", elogiou Djan.

Se para alguns a travessia ? competi??o, para outros ? uma forma de confraterniza??o e um momento de ficar de bem com o corpo e esp?rito. Nas ?guas de Copacabana alguns juizforanos v?o participar pela primeira vez do evento, outros j? o inclu?ram como atividade obrigat?ria na agenda. Apesar de n?o serem nadadores profissionais, todos t?m suas respectivas profiss?es, eles encontram uma brecha na cheia agenda para se prepararem durante o ano e serem recompensados com os benef?cios do esporte e na travessia, com o cen?rio carioca.

Eles v?o participar
Guilherme Bastos O juizforano, Guilherme Bastos (foto ao lado), administrador de empresas, vai participar da prova pela terceira vez e faz uma prepara??o intensa durante o ano nos momentos de folga do dia a dia. "Fa?o esporte todos os dias, pratico nata??o ou corro pelo menos uma hora", conta. Para ele, a resist?ncia ? o maior desafio na travessia al?m da temperatura da ?gua.

Outra dificuldade que Guilherme destaca ? a largada. "Na largada, esbarra-se muito nas pessoas, mas quando chega no 'corredor' o mar aberto facilita. Voc? acaba ficando viciado e a travessia passou a compor o calend?rio de minhas atividades no ano", comenta o juizforano.

Guilherme j? conhece a prova, mas para aqueles que estreiam na travessia, Djan Madruga ensina o segredo. "A prepara??o come?a na v?spera com bastante descanso, dormir bem, tendo uma boa alimenta??o na base de carboidratos, frutas, legumes, vegetais, uma boa massa, talvez uma pizza. A travessia ? uma prova longa, o corpo precisa da energia adequada, e essa energia vem dos bons carboidratos", revela Djan.

Nas ?guas de Copacabana, os competidores t?m que estar preparados para eventuais situa?es. "Na travessia, voc? sempre encontra situa?es adversas, tanto pode ser ?gua fria, ?gua viva, corrente, um mar encapelado, pode encontrar diversas condi?es, adversas ou favor?veis. Ano passado, a prova foi feita toda corrente a favor, depende do dia", lembra.

J? o juizforano, C?sar Salom?o, vai para sua quarta travessia. Para ele, a ?gua gelada ? um fator complicado, mas a presen?a de muitas pessoas n?o ? problema em seus treinos, durante a semana. "Pratico nata??o cinco vezes por semana. O que complica a prova, ? a ?gua gelada, a quest?o de ter muitas pessoas at? d? uma seguran?a, porque tem sempre gente ao seu lado", diz C?sar que garante: "Depois que voc? participa da primeira prova voc? quer sempre mais".

Se a ?gua fria ? um fator de complica??o para os competidores, para Djan esse fator deve ser bem analisado no dia da prova. "O aquecimento ? uma coisa importante, em fun??o disso voc? deve ver se a ?gua estiver muito fria, talvez o aquecimento seja melhor fazer fora dela, agora, se a temperatura estiver suport?vel ? aconselh?vel voc? nadar um pouco antes. Dosar as energias ? importante, visualizar o que vai encontrar pela frente, medir a temperatura da ?gua mesmo que seja com o p?, com a m?o, passar uma vaselina l?quida no corpo ajuda muito, protege contra o frio e protege contra uma poss?vel ?gua viva que se encontra no caminho", aconselha.

As mulheres tamb?m est?o nessa
Carolina Zacarias A juizforana Carolina Zacarias (foto), de 28 anos, administradora de empresas, ? um exemplo da paix?o pela atividade. "Eu fiz nata??o competitiva durante oito anos, mas nunca abandonei o esporte, gosto muito dessa atividade, o objetivo ? fazer um exerc?cio e estar no meio de um evento maravilhoso, de confraterniza??o, incentivando o esporte, a atividade f?sica que ? t?o necess?ria quanto comer e dormir. Al?m da adrenalina que faz a gente se sentir melhor", diz Carolina que participa pela segunda vez da travessia.

Ela destaca as dificuldades que teve em sua primeira participa??o, ano passado. "A dificuldade foi ter que usar aquela roupa especial. Nunca havia nadado com aquela roupa, olhar aquele mar escuro tamb?m dava um medo, mas a correnteza estava ao nosso favor", a administratora que antes da prova vai participar do Campeonato Mineiro de Master no Sport Club Juiz de Fora.

O medalhista ol?mpico, Djan Madruga, ressalta que para as pessoas que v?o para se divertir, praticar o esporte sem grandes inten?es de conquistar vit?ria, a presen?a no evento j? ? um grande pr?mio. "O objetivo ? s? terminar a prova, n?o deve se preocupar com a velocidade, mas sim em dosar as energias, ? uma prova de 3880 metros, que pode demorar de uma a duas horas dependendo do n?vel do nadador. ? claro que os mais r?pidos v?o nadar em menos de uma hora com certeza", diz.

Outra dica importante do atleta ? evitar o tumulto da largada. "Tem muita gente junto, aqueles ansiosos querem sair na frente e acabam batendo uns nos outros. Esse ? um ponto que n?o adianta se afobar", orienta.

Para quem est? preocupado com os poderes do mar durante a travessia, o medalhista tranq?iliza. "? uma prova que ? de f?cil visualiza??o, n?o ? uma prova problem?tica. Eu diria que ? uma prova relativamente f?cil, o mar normalmente n?o sobe muito ali e se subir, com certeza, o servi?o de salvamento vai dar as orienta?es adequadas de como proceder.

*Guilherme Oliveira ? estudante do 5? per?odo de Comunica??o da Universidade Federal de Juiz de Fora