Squash é ideal para quem quer perder peso Apesar de pouco difundido em Juiz de Fora, esporte cresce nos grandes centros. Com uma hora de prática é possível perder até mil quilocalorias
Repórter
20/5/2009
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Dois jogadores, duas raquetes, uma bola, quatro paredes e poucas regras são suficientes para a prática do squash. O esporte, relativamente simples, tem origem nos presídios da Inglaterra, quando no século XVII foi percebida a necessidade de os detentos praticarem algum esporte.
"Como a área precisava ser pequena e a prática só podia ser feita num espaço fechado, os próprios detentos improvisaram luvas e começaram a jogar uma bola contra a parede. Assim, um deles devia jogar a bola contra o muro da frente, enquanto o outro tinha que tentar jogá-la de volta à parede, antes que ela batesse no chão duas vezes. Foi aí que nasceu o racket ball, o primeiro traço daquilo que seria hoje o squash", explica o professor Rodrigo Dutra.
Só no meio do século XVII, ainda na Inglaterra, é que algumas regras do racket ball são alteradas e os materiais são adaptados, nascendo assim o squash. "A bola passa a ser feita de borracha e fica um pouco menor e mais macia. Normas para proteção dos atletas são incorporadas e as raquetes ganham outro formato."
Entendendo o jogo
A quadra do esporte tem aproximadamente 60 metros quadrados e é marcada por linhas que traçam o território do jogo (imagem abaixo). O objetivo é acertar a bola na parede frontal. Assim que volta, ela não deve encostar duas vezes ao chão, antes de retornar à parede. A ideia é dificultar a chegada do adversário à bola, para que ele não consiga devolvê-la à parede.
As linhas no chão da quadra marcam a posição onde os atletas devem ficar no momento do saque. Na hora do serviço, o jogador que começa o ponto deve permanecer dentro da área indicada na imagem como caixa de serviço. Aquele que recebe o saque tem que estar atrás da linha dos 4,26 metros. O saque deve ser feito sempre acima da linha de serviço, que tem altura de 1,78 metros.
Após o saque, os jogadores podem se movimentar em toda a quadra e usar as quatro paredes. "O adversário marca ponto quando o jogador não consegue jogar à bola na parede frontal antes de ela bater duas vezes no chão, quando joga a bola fora dos limites da quadra e quando comete uma penalidade chamada stroke ball, que impede a batida do oponente na bola." Outra penalidade, essa menos severa, é a let ball, que acontece quando um jogador não permite que seu adversário chegue à bola. "Nesse caso o ponto é reiniciado."
Materiais necessários
Para a prática do squash é preciso que o atleta tenha roupas adequadas, raquete e bola específicas e um tênis com solado próprio para atividades indoor. "É importante que a borracha do tênis não solte na madeira que reveste o piso, pois esses resíduos prejudicam a aderência ao chão. O ideal é ter um calçado com os selos no risk ou no marking. Pode ser encontrado no mercado a partir de R$ 200*."
A raquete custa entre R$ 80* e R$ 1000*. As mais baratas são mais pesadas e resistentes, feitas de um material fusionado de grafite, titânio e alumínio. As mais caras são produzidas em nanotitânio e quebram com maior facilidade. A bola de squash é feita de borracha, oca e tem cerca de quatro centímetros de diâmetro. Cada uma custa por volta de R$ 15*.
Quem pode jogar?
Segundo Dutra, pessoas entre seis e 60 anos podem praticar a modalidade, desde que passem por uma avaliação física. "Pela intensidade do jogo, a prática do squash pede uma boa condição cardiovascular e não deve ser realizada por pessoas com limitação de movimentos."
O squash é indicado para quem quer perder peso. De acordo com Dutra, o esporte tem alto gasto calórico. "Queima-se em média mil quilocalorias por hora de jogo. Se a pessoa praticar 45 minutos do esporte por dia semana, já vai apresentar um bom consumo de energia."
De acordo com Dutra, a partir da terceira aula uma pessoa já consegue se movimentar bem na quadra e jogar o squash tranquilamente. "A técnica é muito simples e o esporte não exige o máximo de coordenação motora. A única coisa necessária é a disposição."
*Valores informados em maio de 2009
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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