Juizforanos tentam bater recorde brasileiro de formação em queda livre
Repórter
Os juizforanos Cláudio Santiago (Dim) e Frederico Amorim compõem o grupo de cem paraquedistas brasileiros que tentarão bater o recorde nacional e sul-americano de formação em queda livre, no dia 17 de abril, nos Estados Unidos. Os atletas foram escolhidos pela Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) e estão entre os dez mineiros que viajam para a cidade de Eloy, no estado do Arizona. O atual recorde brasileiro é de formação com 80 atletas.
De acordo com Dim, o evento será realizado no exterior, pois o local é o mais indicado para saltos grandes. "Fazer a sincronia de cem pessoas em queda livre é algo muito difícil e requer uma estrutura adequada. No Arizona teremos três aviões com oxigênio, que vão possibilitar ao grupo chegar à altura necessária."
Para formar a estrela, os paraquedistas saltarão da altura de 20 mil pés e terão espaço de tempo de um minuto e meio para a formação. Normalmente, os saltos são realizados a 12 mil pés, com tempo para formação de cerca de 50 segundos. "A tensão é grande, pois se trata de um salto atípico, que exige mais cuidado e um pouco mais de técnica. Porém, estamos agindo com naturalidade", afirma o atleta que salta há 14 anos.
Amorim, com quatro anos no esporte, afirma que a adrenalina aumenta com a proximidade do evento. "É um agravante saltar de uma altura que não é normal. A principal preocupação é com o momento de abrir o paraquedas, após a formação. Temos que ter muita responsabilidade não só conosco, mas com os outros atletas também." Segundo ele, a necessidade de auxílio de oxigênio durante o voo também pode causar desconforto. "Estou acostumado com o ar comprimido, pois também sou mergulhador. Mesmo com as dificuldades, acredito que temos 95% de chance de sucesso."
Treinamentos
O último treinamento em conjunto para o grande salto ocorre de 6 a 9 de março, no 2º Batalhão de Aviação do Exército, em Taubaté. Na ocasião será realizado o desenho da estrela no solo e uma tentativa de salto em conjunto. "No último treinamento, realizado em dezembro do ano passado, conseguimos bater o recorde do Sudeste, com o apoio de dois helicópteros do Exército", comenta Amorim.
Os dez atletas mineiros treinam paralelamente em um espaço localizado na Serra do Cipó, a 80 quilômetros de Belo Horizonte. Os paraquedistas fazem uso ainda, em Goiânia, de um equipamento chamado Túnel do Vento, do Exército Brasileiro, que simula a queda livre. "Se conseguirmos o recorde sul-americano, o Brasil vai iniciar o boom do paraquedismo", acredita Amorim.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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