Menino de nove anos ganha medalha de ouro Henrique Trist?o come?ou a praticar gin?stica de trampolim por insist?ncia de uma amiguinha e hoje ? um campe?o
*Colabora??o
11/06/2008
Desde muito pequeno Henrique Franklin Secchin Trist?o (foto ao lado) se arriscou nos esportes. Vindo de uma fam?lia que valoriza a pr?tica do esporte, Henrique tentou nata??o, futebol, mas se encantou mesmo pela gin?stica de trampolim.
Em apenas tr?s anos de treinamento, o pequeno garoto j? coleciona medalhas. As duas ?ltimas, de ouro, foram conquistadas no Campeonato Brasileiro de Gin?stica de Trampolim, realizado entre os dias 06 e 08 de junho, em Goi?nia (GO) (veja nota). Henrique foi o destaque da competi??o, vencendo nas categorias duplo mini-trampolim e tumbling.
A m?e do menino, Gabriela Franklin Secchin Trist?o (na foto com
Henrique), conta que partiu do pr?prio Henrique a vontade de fazer gin?stica. "Ele chegou a praticar outros esportes, mas n?o se adaptou. Uma coleguinha dele o levou para assistir a um treino de gin?stica, ele fez uma aula e gostou. Nesse mesmo dia, o treinador dele me disse: 'Deixa esse garoto comigo, que ele vale ouro'"
.
O olhar cl?nico do t?cnico estava cert?ssimo. Henrique vale mesmo ouro. E prata e bronze tamb?m. Em 2007, ele participou de dois campeonatos e n?o saiu sem medalhas de nenhum deles. No Campeonato Mineiro de Trampolim ele arrematou quatro medalhas, sendo duas de bronze, por seu desempenho individual, uma de prata e uma de ouro, na apresenta??o por equipe. E no Melhores do Ano, ficou com as tr?s de ouro nas categorias em que competiu: tumbling, duplo e mini-trampolim.
T?mido, Henrique ainda n?o aprendeu a lidar com a fama t?o recente em sua vida,
mas os olhos do garoto brilham ao falar das competi?es. "Quando eu ganho uma
medalha n?o penso em nada, s? consigo sentir muita felicidade"
, diz. E o pequeno
campe?o j? sonha com o futuro. "Quando eu tiver 11 anos j? vou poder participar
do Mundial e j? estou come?ando a treinar para isso"
.
Enquanto a idade para participar do grande campeonato n?o chega, Henrique segue a
sua jornada sem desanimar. "Tem uns movimentos que eu acho que n?o vou conseguir
fazer, mas eu vou tentando e quando eu vejo, j? fiz"
, comenta.
A m?e acrescenta ainda que o t?cnico D?ber Zambelli ? o grande incentivador do atleta."O D?ber faz um trabalho excepcional com essas crian?as, n?o deixa que eles desistam. Passa confian?a e muita seguran?a para eles. Henrique teve empatia por ele desde o primeiro dia e essa rela??o com o t?cnico ? fundamental"
.
Gabriela acredita que o grande atrativo que a gin?stica tem para Henrique seja o desafio de conseguir dar os pulos, fazer os movimentos certos, mas na verdade, o
que ele gosta mesmo ? das competi?es. "? muito bom participar de um campeonato.
D? o maior nervoso na hora, mas depois passa e quando voc? percebe j? est? l? em
cima ganhando a medalha e ? muito legal!"
, empolga-se.
E como fica nervoso, o pequeno campe?o. A m?e conta que ele quase n?o come antes
da competi??o, fica quieto, concentrado. S? se solta depois que acaba, a? quer comer de tudo. Henrique sonha em continuar sendo um atleta e garante que n?o abre
m?o da gin?stica por nada no mundo. Ali?s, a possibilidade de n?o fazer mais o esporte
? a arma que Gabriela tem na hora de coloc?-lo para estudar. "O castigo dele ?
n?o ir treinar"
, revela.
Gabriela ap?ia Henrique no esporte, o acompanha nas competi?es e valoriza cada uma sem visar a medalha. "Eu procuro passar para ele que o mais importante ? mesmo a competi??o. A medalha ? uma conseq??ncia de um trabalho bem feito"
.
*Marinella Souza ? estudante de Comunica??o Social da UFJF
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